O Brasil registrou, no último ano, 781 mortes por acidentes elétricos, segundo a Abracopel, a Associação Brasileira de Conscientização para os Perigos da Eletricidade.
De acordo com o Ministério Público do Trabalho, o órgão recebeu 25 denúncias de acidentes de trabalho por choque elétrico nos últimos dois anos, nas regiões de Campinas, Piracicaba e Jundiaí.
No último mês, um acidente de trabalho deste tipo foi registrado em Sumaré. Um pintor foi eletrocutado enquanto trabalhava na fachada de um comércio. O caso ocorreu no dia 29 de outubro. Ele estava fazendo a pintura quando encostou no fio de alta tensão e acabou recebendo uma descarga elétrica.
O Samu foi acionado e atendeu a ocorrência. A vítima foi encaminhada pelo helicóptero Águia da PM para o Hospital de Clínicas da Unicamp em estado gravíssimo.
Ainda segundo dados da Abracopel, em 2023, foram registradas 674 mortes por choques elétricos em 986 acidentes; 67 mortes em 963 incêndios de origem elétrica; e 40 mortes por descargas atmosféricas em 140 acidentes.
Para prevenir que esses acidentes aconteçam, o Ministério Público do Trabalho realizou em Campinas um evento para debater a segurança das redes elétricas e das atividades de trabalho.
As agências reguladoras, concessionárias de energia elétrica e outras órgãos foram convocados para abordar o tema.
A procuradora do MPT, Ana Hirano, explicou que o principal ponto a ser analisado pelo setor é a qualidade do serviço de fornecimento de energia, mas do ponto de vista da segurança dos processos relativos a esse trabalho.
Uma das concessionárias presentes, a CPFL Paulista, falou sobre o programa implementado para prevenção de acidentes de trabalho por choque elétrico, o programa Guardião da Vida, tanto aos trabalhadores da empresa, quanto para outros trabalhadores que precisem se aproximar da rede elétrica.
A procuradora do MPT acrescentou ainda que um documento foi formalizado para implantar as melhorias junto aos órgãos responsáveis.
