CDHU lança programa de recompra de imóveis em Campinas e Capivari; cidades estão em fase de teste

Foto: Reprodução/EPTV

Mais de 4 mil imóveis estão em situação de risco para deslizamentos de terra, afundamento de solo e inundações em Campinas. O número abrange 18 regiões e afeta 17.040 pessoas, de acordo com o levantamento da prefeitura. 

Segundo a administração municipal o município deve integrar o projeto-piloto do governo estadual ‘Recompra’, para destinar imóveis recomprados pela Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU) para famílias que vivem nessas áreas. 

O objetivo do projeto é que a CDHU recompre imóveis de proprietários de unidades do programa habitacional que não querem mais ficar com o imóvel. Sendo assim, o programa destina essas moradias para pessoas que vivem em áreas de risco e comprem em condições muito mais facilitadas. 

Durante a fase de teste, o edital prevê a recompra de 100 moradias em Campinas e 100 em Capivari, na região de Piracicaba. A segunda família beneficiada no projeto experimental em Capivari é a da dona de casa Cristiane Ribeiro.

A equipe de reportagem da EPTV acompanhou a mudança do local que ela morou por mais de três décadas. Cristiane conta que residiu em uma área barranco, perto do lixo e com esgoto à céu aberto. Ela se emocionou com a mudança. 

Logo quando as famílias são retiradas das áreas de risco as equipes de demolição atuam na área para evitar que novas pessoas ocupem o local. A assistente social da Prefeitura de Capivari, Paula Furlan, explica o critério de seleção.

Com o edital, mais de 1,7 mil pessoas de Campinas que possuem imóveis da CDHU e gostariam de fazer a transferência da titularidade ou até devolver esses imóveis já manifestaram interesse. O gerente regional da CDHU, Felipe Carraro, explica como funciona o projeto. Felipe ainda fala sobre a expectativa. 

Vale lembrar que o programa está em fase experimental, e por isso, em Campinas, apenas os proprietários de imóveis do CDHU da Vila San Martin, do loteamento Edvaldo Antônio Orsi, podem participar do projeto neste momento.  

O financiamento pelo programa segue as diretrizes da Política Habitacional do Estado de São Paulo, que propõe juros zeros para as famílias com renda de até cinco salários-mínimos. O beneficiado poderá pagar as parcelas em até 30 anos e o contrato sofrerá apenas a correção monetária calculada pelo índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). 

Confira as regras do programa neste link.

Confira as áreas de risco em Campinas:

  • Vale das Garças e Vila Holândia;
  • Jardim Santa Mônica, Jardim São Marcos e Jardim Campineiro;
  • Jardim Ipaussurama;
  • Jardim Rossin: Núcleo Princesa D´oeste, Jardim Florence II;
  • Jardim Florence I;
  • Jardim Campina Grande, Satélite Íris;
  • Sousas – Rua Quinze de Novembro:”Beco Do Mokarzel”;
  • Jardim Novo Flamboyant: “Buraco Do Sapo”;
  • Jardim Novo Flamboyant;
  • Jardim Itatiaia – Jardim São Fernando – Jardim Baronesa;
  • Jardim Andorinhas;
  • Jardim Tamoio – Rua Salomão Abud;
  • Parque Oziel;
  • Jardim Monte Cristo – Jardim do Lago I – Jardim Das Bandeiras II;
  • Jardim Irmãos Sigrist;
  • Jardim Santo Antônio – Rua Martinica;
  • Parque Universitário – Avenida Aglaia;
  • Jardim Campos Elíseos.

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