O vice-presidente de Saúde da Frente Nacional de Prefeitos e chefe do executivo de Campinas, Dário Saadi, enviou um ofício à ministra da Saúde, Nísia Trindade, para relatar a preocupação dos municípios com a falta do medicamento fumarato de dimetila, para tratamento da esclerose múltipla, e a dificuldade da população em ter acesso à insulina fornecida no âmbito das Farmácias Populares.
O documento também é assinado pelo prefeito de Aracaju e presidente da FNP, Edvaldo Nogueira. A entidade reúne cidades com mais de 80 mil habitantes, incluindo todas as capitais.
O fumarato de dimetila é fornecido por Farmácias de Alto Custo, sob gestão dos Estados.
O ofício da FNP destaca que a indisponibilidade do medicamento tem comprometido a continuidade dos tratamentos dos pacientes.
O Ministério da Saúde, antes disso, já havia respondido que o desabastecimento ocorreu em virtude da falha em um pregão eletrônico realizado em julho de 2024 e pelo tempo necessário para realizar nova licitação, atualmente em fase de seleção de fornecedores, com previsão de distribuição após término do processo.
Os municípios continuam sem previsão concreta de uma alternativa para atender os pacientes que necessitam do medicamento no período de transição.
Com relação à insulina, o Ministério da Saúde informou que não há falta de insulina no SUS e está reforçando os estoques até o fim do ano com mais 1 milhão e 800 mil unidades, em acordo com a fabricante.
Em outubro, pelo Farmácia Popular, teve a distribuição de cerca de 19 milhões de unidades da insulina NPH e 4 milhões da regular.
