O hacker de 36 anos que foi preso em Jundiaí nesta semana apontado pela Polícia Civil como o autor de diversas ameaças de explosão do Congresso Nacional ‘cobrou’ R$ 450 mil para que o suposto atentado não acontecesse.
A ação foi realizada pela Polícia Civil do Rio Grande do Sul e contou com apoio da Delegacia de Investigações Gerais de Jundiaí e do Grupo de Operações Especiais da Polícia Civil de Campinas.
A CBN Campinas teve acesso ao conteúdo de um dos e-mails. No texto, o hacker, que usava um endereço falso e criptografado, diz que foi escondida uma bomba de uma substância chamada pentrita, que tem alto poder de destruição. E que, “para evitar que pedaços de corpos sejam retirados por um mês do local”, era necessário o pagamento de R$ 450 mil para uma conta bancária especificada no texto.
As mensagens eram encaminhadas aos gabinetes de ministros federais, incluindo Supremo Tribunal Federal e Superior Tribunal de Justiça.
Porém, segundo a Polícia Civil e-mails com conteúdo homofóbico, xenofóbico e ofensivo eram encaminhados para diversos políticos no país todo. A polícia do Rio Grande do Sul foi a responsável pela operação porque uma deputada do sul também foi vítima desses ataques virtuais.
Após cruzamento de dados com outras delegacias, a investigação descobriu vários boletins de ocorrências semelhantes com ameaças a outros deputados, vereadores, inclusive circunstâncias de ameaças a bomba em São Paulo, no STF e no Senado.
A identidade do hacker era investigada há pelo menos cinco anos, até antes da ameaça de explosão do Congresso.
As informações da prisão foram compartilhadas com a Polícia Federal para investigar se há relação entre esse caso e o homem que explodiu bombas próximo ao STF, em Brasília, na quarta-feira.