A Justiça condenou a 20 anos, oito meses e 26 dias de prisão um entregador acusado de ligação com a explosão e roubo de um carro-forte, em Cosmópolis, em 13 de novembro de 2023. Ele está preso desde o dia seguinte ao roubo.
Segundo a denúncia, Clayton José Bastos foi flagrado por câmeras, com um caminhão, parado próximo de onde os assaltantes abandonaram veículos usados no crime.
Na casa dele foram encontradas cédulas de dinheiro queimadas.
O crime aconteceu na Rodovia Professor Zeferino Vaz (SP-332). Segundo depoimentos de vigilantes que estavam no carro-forte, o veículo tinha deixado uma casa lotérica de Artur Nogueira e seguia sentido Paulínia quando foi fechado por um carro BMW, de onde foram disparados tiros de fuzis contra o blindado.
O motorista do carro-forte parou no acostamento e os vigilantes fugiram para um barranco nas imediações. Em seguida, o veículo de transporte de valores foi explodido pela quadrilha, que fugiu. Parte do dinheiro ficou espalhada pela rodovia.
Em buscas por câmeras de segurança próximas ao local, policiais civis conseguiram imagens que mostram um caminhão parado nas imediações, antes do roubo, onde permaneceu por pelo menos 40 minutos.
Depois do ataque, os criminosos foram a um lugar próximo ao réu, abandonaram seus veículos e todos deixaram o local.
Na época das investigações, a Polícia Civil afirmou que o caminhão teria sido usado para transportar os criminosos após o roubo.
No mesmo dia, foi identificada a placa do caminhão, que estava no nome da filha do investigado. Com essa informação, a Justiça concedeu mandado de busca e apreensão na casa da filha do acusado, onde ele também morava, em Campinas.
Na casa, foi apreendida uma pequena quantidade de maconha, R$ 7.402,00 em cédulas diversas, inclusive algumas notas de R$ 100 e R$ 50 parcialmente queimadas.
Familiares do acusado o identificaram nas imagens da câmera de segurança no dia do crime.
Ele alegou em depoimento que utilizava o caminhão para trabalhar com entregas, mas familiares relataram que no dia do assalto ele não estava trabalhando.
Em nota, os advogados David Martins e Victor Godoy Martins, que representam o réu, informaram que discordam da condenação e que já recorreram.
No entanto, segundo a polícia, ele não soube identificar o porteiro da empresa com quem falou no dia. O réu também afirmou que guardava dinheiro em casa para arcar com compromissos e que não havia notas queimadas.