Equipes da Polícia Civil de Fernandópolis, no Noroeste Paulista, cumprem em Campinas um mandado de busca e apreensão durante uma investigação para identificar uma quadrilha que teria vazado dados de 120 milhões de brasileiros nos últimos anos.
A investigação começou no ano passado, e descobriu que os criminosos tem dados funcionais de servidores de Tribunais de Justiça, 170 mil dados de servidores públicos do Rio de Janeiro, bancos de dados de autarquias previdenciárias, concessionárias de telefonia e de prefeituras de vários Estados.
Segundo a Polícia Civil, são sete pessoas que fazem parte do esquema, comercializando dados de alguns dos principais bancos digitais e empresas de telefonia do país.
As técnicas de investigação revelaram que o grupo realiza uma espécie de enriquecimento dos dados, juntando diversos arquivos de fontes distintas para gerar um maior valor de mercado nos arquivos que são comercializados por demanda.
Entre os clientes do grupo estão empresas de telemarketing, profissionais liberais, empresários e criminosos que atuam utilizando os dados para lavagem de dinheiro, evasão de divisas e para incrementar a engenharia social dos golpes digitais.
Em Campinas, o alvo é uma empresa que comprava esses dados, e que tinha endereço declarado no Jardim Nova Europa, mas não funcionava no local. O sócio dessa companhia também é alvo de mandado.
Além de Campinas, mandados são cumpridos em São Paulo, Praia Grande, Bauru, Taubaté, Londrina e Uraí (PR).
