A Polícia Federal de Campinas realizou nesta terça-feira (26), uma operação contra uma quadrilha que teria movimentado R$ 6 bilhões nos últimos cinco anos por meio da lavagem de dinheiro, evasão de divisas e outros crimes contra o sistema financeiro. Apenas neste ano, a movimentação foi de R$800 milhões. De acordo com balanço da PF, 13 pessoas foram presas e R$1,5 milhão em notas apreendido.
O líder da quadrilha é estrangeiro e começou a trabalhar como doleiro do Brasil.
A investigação teve como foco três fintechs que movimentaram os bilhões de reais nos últimos anos para as mais diversas organizações criminosas. Para o funcionamento desse sistema financeiro, o líder, buscava a abertura de empresas e contas bancárias com movimentação de R$2 milhões por dia.
O esquema conta com a participação de dezenas de pessoas, entre estrangeiros e brasileiros, nas mais variadas funções e atividades.
Ao todo, os policiais cumpriram 16 mandados de prisão preventiva e 41 de busca e apreensão em Campinas, Cajamar, Guarulhos, Itaquaquecetuba, São Paulo, Brasília, Vila Velha (ES), Foz do Iguaçu (PR), Fortaleza (CE), Florianópolis e São José (SC) e Feira de Santana (BA).
O líder da quadrilha foi preso em São Paulo, juntamente com o braço direito dele, que é de Campinas. Ele atuava com teste de ferro na quadrilha, ou seja, se apresentava em nome de um terceiro. O investigado também destruiu provas após suspeita de que a PF estava investigando o grupo.
A investigação começou em 2022 e revelou um complexo sistema bancário paralelo e ilegal, movimentando bilhões de reais tanto no Brasil quanto para outros países.
Entre os meios utilizados pela organização criminosa: boletos, uso de empresas de fachada, terceiros como laranjas e testas de ferro, falsificação de documentos de importação e exportação, coleta de dinheiro em espécie em estabelecimentos comerciais de varejo e dólar-cabo.
Os investigados vão responder, principalmente, pelos crimes organização criminosa, lavagem de dinheiro e evasão de divisas, cujas penas somadas passam de 35 anos de prisão, além de diversos outros já constatados durante a investigação.