O ex-delegado do 4º Distrito Policial de Campinas, Mário Bergamo Junior, foi demitido na última sexta-feira (13) pelo governo do Estado. Ele é acusado de integrar um esquema de corrupção, descoberto pelo Ministério Público em 2016, e é considerado foragido desde 2022, quando deveria cumprir pena de prisão de 2 anos e dois meses por corrupção.
A decisão de demitir o delegado, em ofício assinado pelo governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), acontece porque o caso está transitado em julgado. Ou seja, não há mais recursos possíveis para a defesa.
Na operação, comandada pelo Gaeco e Ministério Público em 2016, quatro investigadores da Polícia Civil de Campinas que participavam das investigações do roubo à empresa de valores Protege, que ocorreu na cidade no mês de março, foram presos. Com um deles, houve a apreensão de grande quantidade de dinheiro.
O Ministério Público chegou aos investigados através de apurações em torno de uma facção criminosa que age no estado de São Paulo. Além das prisões e do dinheiro apreendido, houve apreensão de armas e documentos.
Durante a operação, havia um mandado contra o ex-delegado. Na época ele não foi encontrado, sendo foi considerado foragido. Um escrivão que trabalhava com ele também não foi encontrado. Eles eram suspeitos de terem praticado extorsão para liberar um veículo e teriam cobrado R$ 2 mil.
Com a decisão publicada pela Casa Civil do Estado de São Paulo, o escrivão de polícia teve a aposentadoria cassada.
A CBN Campinas tenta localizar os advogados do delegado, mas ainda não conseguiu retorno.