A Polícia Federal de Campinas faz uma operação em conjunto com a Controladoria Geral da União (CGU) para ampliar a investigação sobre desvios de dinheiro público direcionados à Saúde por meio de contratos firmados com uma organização social responsável pela administração da saúde pública de São João da Boa Vista.
São cumpridos 13 mandados de busca e apreensão em Barretos, Bragança Paulista, Franco da Rocha, Mairiporã, Mogi das Cruzes, Santo André, São Bernardo do Campo, São João da Boa Vista, São Paulo e Sorocaba.
A investigação apura práticas ilegais envolvendo a gestão de recursos públicos na execução de convênio, celebrado em abril de 2022, entre a prefeitura e uma organização social constituída para prestar serviços de natureza social para a gestão de unidades de saúde.
Os repasses passaram de R$ 50 milhões, sendo R$ 14 milhões em recursos federais.
Durante a investigação, a Polícia Federal e a Controladoria Geral da União, encontraram indícios de desvios de recursos públicos por meio da subcontratação de empresas supostamente fornecedoras de produtos e serviços à organização social.
Também foram constatadas transferências de grandes valores das contas da organização social e das empresas subcontratadas para contas correntes do principal investigado, de familiares e de sócios, que em momentos eram empregados ou gestores das empresas subcontratadas.
A investigação também apura possível lavagem de dinheiro na compra de carros de luxo e imóveis de alto padrão.
Além da busca e apreensão, a Justiça determinou o sequestro de bens e valores no total de R$ 20 milhões. O principal investigado mora em Portugal, e um mandado de prisão temporária também foi expedido.
Os investigados podem responder pelos crimes de organização criminosa, peculato e lavagem de dinheiro, com penas somadas passam de 35 anos de prisão.