A mulher agredida com um soco no rosto por um policial militar, em Campinas, prestou depoimento nesta sexta-feira (13), na Delegacia de Defesa da Mulher. Outro depoimento está previsto para a próxima semana.
Dois inquéritos foram instaurados pela Polícia Civil para investigar a mulher. O caso foi no dia 21 de outubro e aconteceu durante uma abordagem.
No primeiro, os investigadores vão apurar se a dona de casa resistiu de fato à prisão e tentou desferir um soco no rosto de um dos agentes.
Segundo a Secretaria da Segurança Pública (SSP), a investigação é sobre ao boletim de ocorrência registrado em outubro, quando os policiais militares que participaram da abordagem levaram a dona de casa na delegacia, alegando que ela teria agredido a filha e resistido à prisão. À época do registro, a Polícia Civil ainda não tinha acesso às imagens, que foram divulgadas no último dia 9.
O inquérito policial sobre o crime de resistência à prisão ficará a cargo do 6º DP de Campinas.
Já no segundo, aberto pela 2ª Delegacia de Defesa da Mulher (2ª DDM) de Campinas vai investigar uma suposta agressão da dona de casa contra a filha. No boletim de ocorrência, ela disse que a mãe a agrediu com chutes, socos e mordidas durante uma briga com o pai.
Nesse caso, os policiais vão apurar se houve ou não crime de lesão corporal da mãe contra a filha e, além disso, se o homem descumpriu a medida protetiva ao discutir com a dona de casa.
Sobre esse inquérito, a advogada da dona de casa negou que houve agressão à filha. Na versão, a filha ficou ao lado do pai durante a separação e não queria que a mãe acionasse a polícia por conta do descumprimento da medida protetiva.
O policial militar que agrediu a mulher e outros dois que participaram da ocorrência foram identificados e afastados das ruas.
Ao g1, a Corregedoria afirmou que o inquérito contra os agentes segue em andamento e “os dados obtidos durante as diligências estão em sigilo de justiça, visando preservar o melhor andamento das investigações”.