Retrospectiva 2024: Campinas reelege um prefeito pela terceira vez consecutiva

foto: TSE

Outubro foi marcado pelas eleições municipais. As cidades da região conheceram quem vai governá-las pelos próximos quatro anos. Em metade dos 20 municípios da Região Metropolitana de Campinas, os chefes do Executivo permanecem no cargo após receberem a maioria dos votos válidos. 

Uma curiosidade é que todos os eleitos na RMC são homens. A prefeita de Valinhos, Capitã Lucimara (PSD), foi derrotada nas urnas por Franklin (PL), impedindo a reeleição dela. 

Em Campinas, desde 2004, o prefeito que se candidata à reeleição consegue estender o mandato com o voto popular. Assim como Dr. Hélio e Jonas Donizette, Dário Saadi (Republicanos) foi o vencedor nas urnas no dia 6 de outubro. Com 355.800 votos, o atual chefe do Executivo campineiro obteve 66,77% dos votos válidos, encerrando a eleição no primeiro turno e derrotando, pela ordem de votação, Pedro Tourinho (PT), Rafa Zimbaldi (Cidadania), Wilson Matos (Novo) e Angelina Dias (PCO). 

Em entrevista coletiva logo após a confirmação da reeleição, Dário se disse surpreso com a vantagem obtida nas urnas. 

No dia 17 de dezembro, o pedido de cassação da chapa Dário/Wandão, protocolado pelo PT, foi derrubado pelo Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo. Durante a campanha, o prefeito gravou vídeos para as redes sociais dentro de prédios públicos, o que é proibido pela legislação eleitoral. A cassação foi transformada em multa para os políticos. 

Na Câmara de Campinas, Mariana Conti (PSOL) foi pela segunda eleição consecutiva a vereadora mais votada. Ela obteve 14.356 votos. Dos 33 legisladores entre 2021 e 2024, dois não tentaram a reeleição e 23 dos 31 candidatos foram reconduzidos ao cargo para mais quatro anos de legislatura. Outros dois candidatos voltaram após não terem sido eleitos em votações anteriores e oito ocuparão o cargo pela primeira vez. 

Apenas uma cidade da Região Metropolitana teve segundo turno. Em Sumaré, Henrique do Paraíso (Republicanos) derrotou William Souza (PT) com 58% dos votos válidos. 

Foram reeleitos na RMC os prefeitos de Americana, Chico Sardelli (PL), Artur Nogueira, Lucas Sia (PL), Cosmópolis, Júnior Felisbino (PSD),, Nova Odessa, Leitinho (PSD), Pedreira, Fábio Polidoro (Republicanos), Santa Bárbara D’Oeste, Rafael Piovezan (PL) e Vinhedo, Dr. Dario Pacheco (PSD), além do prefeito de Holambra, Fernando Capato (PSD), que foi candidato único, e de Hortolândia, Zezé Gomes (Republicanos). 

No último caso, o Ministério Público Eleitoral recomendou a cassação da chapa porque o vice-prefeito eleito, Cafu César (PSB), teria coagido uma candidata a vereadora a desistir da eleição. Zezé não é investigado, mas o pedido abrange toda a chapa. Mas a recomendação foi feita em dezembro, e por enquanto, Zezé e Cafu são considerados aptos pela Justiça Eleitoral a assumirem os cargos. 

Assumem o cargo em 1º de janeiro os prefeitos eleitos em Engenheiro Coelho, Pedro Franco (MDB), Indaiatuba, Dr. Custódio (MDB), Itatiba, Dr. Thomás (PSD), Jaguariúna, Davi (Progressistas), Monte Mor, Murilo Rinaldo (Progressistas), Morungaba, Fernandão (União Brasil), Paulínia, Danilo Barros (PL), Santo Antônio de Posse, Ricardo Cortez (MDB), além de Valinhos, o já citado Franklin (PL). 

Entre as cidades mais populosas da área de cobertura da CBN Campinas, Sorocaba elegeu no primeiro turno Rodrigo Manga (Republicanos), com mais de 73% dos votos válidos.  

Em Piracicaba, Helinho Zanatta (PSD) vai assumir a terceira cidade como prefeito, após governar Charqueada e São Pedro. Ele derrotou Barjas Negri (PSDB), que governou a cidade por três vezes. Após empate na última pesquisa Quaest, divulgada pela EPTV, Helinho obteve 53% dos votos válidos, 14 mil a mais que o adversário. A curiosidade é que o atual prefeito, Luciano Almeida (Progressistas), foi derrotado ficando na sexta colocação entre os oito candidatos, com apenas 5.017 votos. Helinho Zanatta colocou o abastecimento de água e a saúde como prioridades no governo que começa em 2025. 

Assim como em Piracicaba, Limeira teve uma virada do primeiro para o segundo turno. Segundo colocado na votação inicial, Murilo Félix (Podemos) obteve 51,88% dos votos válidos no segundo turno. A diferença foi de cerca de 5.500 votos em relação ao candidato derrotado, Betinho Neves (MDB).  

Jundiaí também teve a votação decidida no segundo turno. Gustavo Martinelli (União Brasil) venceu Parimoschi (PL) com 58% dos votos válidos. O registro da candidatura de Martinelli foi deferido apenas no dia 6 de dezembro. 

A única cidade que ainda não tem prefeito eleito é Tuiuti. Os 5.514 eleitores aptos para comparecer às urnas na cidade terão que participar de novas eleições. O motivo é que o candidato que teve mais votos teve a chapa indeferida pelo Tribunal Superior Eleitoral. Amarildo Lima, do PSB, recebeu 46,83% dos votos, o que equivale a 2.018 eleitores. Mas a candidatura dele foi impugnada, com a decisão anunciada no dia 19 de dezembro. Ainda não foi definida a data para as novas eleições. O presidente da Câmara que for eleito no dia 1º de janeiro vai assumir interinamente a prefeitura da Tuiuti. 

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