As fortes chuvas marcaram 2024 em Campinas, deixando um rastro de destruição, tragédias e mobilizações. O município enfrentou alagamentos, quedas de árvores e mortes causadas por afogamento, além de iniciar obras para tentar mitigar os mais de 50 pontos críticos de alagamentos registrados na cidade.
Embora janeiro seja tradicionalmente conhecido pelas chuvas de verão, as tempestades mais severas ocorreram no último trimestre do ano, com destaque para eventos trágicos em outubro.
Quedas de Árvores: Feridos e Mortes
Ao longo do ano, dezenas de árvores caíram, muitas delas devido a ventos fortes e solos encharcados. Esses incidentes resultaram em ferimentos e mortes.
– Em outubro, uma jovem de 14 anos fraturou a perna ao ser atingida por um galho na região do Taquaral.
– Na mesma semana, uma mulher de 54 anos ficou ferida após uma árvore desabar sobre ela em Barão Geraldo.
– Já em Itapira, um motorista de 37 anos morreu em uma estrada rural quando o carro que ocupava foi atingido por uma árvore durante uma tempestade.
O dia 24 de outubro ficará na memória dos campineiros como um dos mais desastrosos de 2024. Em apenas três horas, choveu 120 milímetros, quantidade equivalente à esperada para todo o mês.
A tempestade causou estragos materiais significativos:
– Um muro desabou sobre carros.
– Diversas residências foram invadidas pela água.
– Alagamentos bloquearam vias importantes.
Infelizmente, o dia também foi marcado pela perda de vidas:
– Jair Samuel da Silva Oliveira Marques, de 22 anos, desapareceu ao ser arrastado pela enxurrada no bairro Vila Formosa. Ele estava próximo a um bueiro quando foi levado pela força da água. Seu corpo foi encontrado no dia seguinte, às margens do córrego Serafim.
– Sarah Gabrielle, de 18 anos, foi vítima de uma enxurrada no bairro Vila Industrial. Enquanto tentava escapar, caiu no córrego do Piçarrão e foi arrastada por cerca de 20 quilômetros até o rio Capivari, onde seu corpo foi encontrado quatro dias depois.
Obras e Prevenção
Diante dos recorrentes alagamentos, a Prefeitura de Campinas iniciou projetos de drenagem e contenção em áreas críticas. As medidas visam reduzir o impacto das chuvas e evitar tragédias semelhantes no futuro.
A retrospectiva das chuvas em 2024 reforça a necessidade de atenção à infraestrutura urbana e ao planejamento preventivo, especialmente com o aumento da frequência de eventos extremos. A memória das vítimas e os desafios enfrentados pela população devem servir como um alerta para que melhorias contínuas sejam realizadas.
