As cidades de Nova Odessa e Americana vão ter águas subterrâneas avaliadas em um estudo contratado pela Agência das Bacias PCJ, que abrange os rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí.
O estudo, com custo estimado de R$ 685,5 mil, tem como objetivo analisar os recursos hídricos dessas áreas, que estão em uma região considerada crítica quanto aos riscos de poluição.
O projeto vai ser iniciado em fevereiro com a contratação de uma empresa especializada e tem previsão de conclusão em um ano e meio.
Americana e Nova Odessa foram selecionadas devido à situação crítica em relação ao uso e à qualidade das águas subterrâneas. De acordo com um estudo realizado em 2013 pelo Departamento de Águas e Energia Elétrica (Daee) e pela Universidade Estadual de São Paulo (Unesp), as áreas são consideradas de alta intensidade de uso e apresentam riscos em relação à qualidade da água.
O estudo prevê a criação de um plano de trabalho detalhado, levantamento de dados e a elaboração de bases cartográficas.
Nos últimos dez anos, o uso da água subterrânea nas bacias PCJ aumentou significativamente.
A vazão das águas subterrâneas passou de 2,59 metros cúbicos por segundo em 2010 para 10,49 metros cúbicos por segundo em 2020.
A Agência das Bacias PCJ alerta, porém, que a maior utilização das águas subterrâneas tem levado a uma redução na disponibilidade hídrica per capita. Em 2016, cada habitante da região tinha 126 metros cúbicos de água ao ano. Já em 2020, esse número caiu para 122 metros cúbicos.