Campinas reforça vacinação contra febre amarela após confirmação de caso em macaco

Foto: Divulgação/Governo de SP

A Secretaria de Saúde de Campinas intensificou a recomendação para que moradores e viajantes se vacinem contra a febre amarela. A medida foi tomada após a confirmação da morte de um macaco infectado pelo vírus no bairro Carlos Gomes. O resultado da análise foi divulgado nesta terça-feira (28). 

A ampliação da vacinação ocorre devido à circulação do vírus em cidades próximas, como Socorro, Tuiuti, Joanópolis e Camanducaia, além de regiões de Minas Gerais. A febre amarela é uma doença grave, transmitida por mosquitos em áreas de mata e florestas, e pode levar à morte. O último caso humano em Campinas foi registrado em 2017, e a cidade não tinha registros da doença em macacos desde 2019. 

A enfermeira Cíntia Bastos, do Programa de Imunização de Campinas, reforça que a vacinação deve ser feita por toda a população, e não apenas por quem vive em áreas de risco. 

A vacina é indicada para todas as pessoas a partir dos 9 meses de idade que ainda não tenham recebido a dose. A recomendação inclui cerca de 1,9 mil pessoas entre bebês de 6 a 8 meses, idosos com 60 anos ou mais, gestantes e mulheres que estão amamentando. Quem pretende viajar para áreas de risco deve se vacinar pelo menos 15 dias antes do embarque. 

Em 2024, a cobertura vacinal em Campinas foi de 83,6%, ainda abaixo da meta de 95% estabelecida pelo Ministério da Saúde. A aplicação da vacina é gratuita e está disponível nas unidades de saúde da cidade, com horários definidos por cada centro de atendimento. 

A enfermeira Cíntia Bastos ainda explica que uma única dose da vacina já é suficiente para garantir imunização. Caso a pessoa não se lembre se já tomou a vacina, é recomendado buscar orientação na Secretaria de Saúde. 

A presença de macacos infectados serve como um alerta sobre a circulação do vírus. Vale lembrar que os primatas não transmitem a febre amarela para humanos, mas são vítimas da doença. Por isso, a orientação é não agredir ou matar os animais – além de ser crime ambiental, isso prejudica o monitoramento da doença. 

Caso macacos mortos sejam encontrados, a recomendação é informar a Unidade de Vigilância de Zoonoses pelo telefone (19) 2515-7044 ou pelo número 199 fora do horário comercial e aos finais de semana. 

A febre amarela não é transmitida de pessoa para pessoa, mas o uso de repelente é recomendado para evitar picadas de mosquitos, principalmente para quem ainda não se vacinou. Entre os sintomas da doença estão febre, dor de cabeça, náuseas, vômitos, urina escura e sangramentos. Em caso de suspeita, é fundamental procurar atendimento médico imediatamente.

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