Um levantamento feito pela Emdec aponta que 14 pessoas morreram em vias urbanas de Campinas até outubro deste ano por causa do consumo de álcool e direção. Até então, o excesso de velocidade liderava entre os fatores de risco que mais causaram mortes no trânsito.
Até outubro de 2024, a cidade registrou 59 óbitos no trânsito em vias urbanas e 39 sinistros fatais foram analisados. Desse total, 14 envolveram o consumo de bebida alcoólica, cerca de 36%. Enquanto a velocidade excessiva ou inadequada vitimou 10 pessoas, o equivalente a 26%.
Segundo a pesquisa da Emdec, a maioria das mortes em que o álcool aparece como fator de risco envolveu jovens de 18 a 29 anos. Foram quatro vítimas fatais, todos pedestres.
Os motociclistas também aparecem na lista das vítimas, entre os 14 casos confirmados, foram registrados sete óbitos. Na sequência, aparecem quatro pedestres, que circulavam sob o efeito de álcool; dois ocupantes de outros veículos e um ciclista.
A Emdec alerta que o consumo de álcool compromete a habilidade de dirigir com segurança, diminuindo a atenção do condutor, reflexo lento e dificuldade de coordenação.
Entre as ações realizadas pela empresa para coibir condutas de risco no trânsito estão as blitze de fiscalização. Foram 114 operações integradas e quase 4,4 mil infrações de trânsito identificadas até novembro deste ano.
A infração para o condutor que conduzir um veículo alcoolizado é gravíssima, multiplicada por 10, com multa no valor de R$ 2.934,70, recolhimento e suspensão da habilitação por 12 meses e retenção do veículo.
Se o teor alcoólico for igual ou superior a 0,34 mg/L, o condutor pode responder criminalmente. A pena prevê detenção de seis meses a três anos, multa e suspensão ou proibição de obter a permissão ou habilitação para dirigir.