Justiça Eleitoral determina cassação de Cafu e Leo do LM após ameaça na campanha eleitoral

Foto: Reprodução/Facebook

A Justiça Eleitoral de Hortolândia determinou a cassação dos mandatos do vice-prefeito da cidade, Cafú Cesar (PSB), e do vereador Leonardo Martins Moreira, o Leo do LM (PSB).  

Eles são acusados de abuso de poder político do vice nas eleições do ano passado. 

A ação foi movida pelo Ministério Público Eleitoral, que aponta que Leo do LM, enquanto candidato a vereador, tentou coagir uma candidata a vereadora da oposição a desistir da candidatura.  

Ele a teria chamado para uma reunião junto com Cafú, onde teriam sido oferecidos dinheiro e um emprego, e foram feitas ameaças a ela. 

Segundo a denúncia, ao saber que a vítima seria candidata no reduto eleitoral dele, Leo do LM estava interessado na desistência dela porque, com a saída da corrida eleitoral, outros dois candidatos ao cargo de vereador pelo partido dela teriam que renunciar à candidatura para manutenção da cota de gênero, o que enfraqueceria o próprio partido. 

No entanto, a vítima manteve a candidatura e foi “convidada” para uma reunião com os dois acusados. Em depoimento, ela afirmou que os dois ofereceram R$ 3 mil para ela desistir da candidatura.  

A acusação também aponta que foi oferecido um cargo em uma empresa para ela. 

Depois da reunião, Leo do LM passou a procurar a candidata por pelo menos três bairros da cidade, mostrando a foto dela a moradores e perguntando sobre a localização da casa dela. 

Na reunião, conforme a denúncia, os acusados ameaçaram tirar o comércio da candidata. E, dias depois, foram rompidos os cabos de fornecimento de energia elétrica da barraca de lanches que ela tem.  

As bandeiras de propaganda eleitoral dela que estavam no local foram arrancadas e destruídas. 

Além da cassação dos mandatos de Cafú e Leo do LM, o juiz determinou que os dois fiquem inelegíveis por oito anos. 

Também era réu na ação o prefeito de Hortolândia Zezé Gomes (Republicanos), que o Ministério Público apontava como mandatário das ameaças à candidata.  

Porém, na decisão, a acusação contra ele foi julgada improcedente. Segundo o despacho do juiz, Zezé não foi citado em nenhum momento, tanto na denúncia quanto na acusação. 

No processo, a defesa alegava que os prints e áudios poderiam ser manipulados, e que não teriam validade. 

O advogado da chapa, Cristiano Vilella, afirmou ainda que tem confiança de que não houve qualquer prática indevida e que, ao final do processo, a ação será julgada improcedente.  

O Grupo EP não conseguiu contato com a defesa de Leo do LM. 

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