A Secretaria de Saúde de Campinas reforçou a necessidade da vacinação contra a febre amarela para moradores de áreas de risco e viajantes.
A medida foi adotada após a confirmação de um caso de macaco morto com a doença na cidade, registrado no último dia 20, na região do bairro Carlos Gomes. O resultado da análise do animal foi divulgado nesta terça-feira.
A ampliação da vacinação também ocorre em razão da circulação do vírus em cidades próximas, como Socorro, Tuiuti, Joanópolis e Camanducaia, em São Paulo, e em locais de Minas Gerais.
A febre amarela é transmitida por mosquitos encontrados em áreas de floresta, mata fechada, borda de mata e regiões rurais. A doença é grave e pode levar à morte. O último caso humano de febre amarela na cidade ocorreu em 2017, quando um homem contraíra a doença na zona rural atendida pelo Centro de Saúde de Sousas. A cidade não registrava casos em macacos desde 2019.
A ampliação da vacinação atinge cerca de 1,9 mil pessoas, incluindo crianças de 6 a 8 meses, pessoas com 60 anos ou mais, gestantes e mulheres amamentando.
A vacinação é recomendada para todos os moradores a partir de 9 meses, que ainda não receberam a dose. Para a vacinação de viajantes, é necessário tomar a vacina pelo menos 15 dias antes do embarque.
Em 2024, a cobertura vacinal foi de 83,6%, ainda abaixo da meta de 95% estabelecida pelo Ministério da Saúde. A vacinação está disponível nas unidades de saúde da cidade, com horários definidos por cada centro de saúde.
A presença de macacos doentes é um sinal de alerta para a circulação do vírus, pois os animais não transmitem a doença, mas são vítimas dela. A população é orientada a não agredir ou matar macacos, já que isso é crime ambiental.
Caso macacos mortos sejam encontrados, a recomendação é comunicar imediatamente a Unidade de Vigilância de Zoonoses pelo telefone (19) 2515-7044 ou pelo número 199 após as 17h, finais de semana e feriados.
A febre amarela não é transmissível entre pessoas, mas o uso de repelentes é recomendado para evitar picadas de mosquitos, especialmente para quem ainda não foi vacinado.
Caso apareçam sintomas como febre, dor de cabeça, náuseas, vômitos, urina escurecida ou sangramentos após visita a áreas de risco, é essencial procurar atendimento médico.