MP devolve investigação sobre explosão de apartamento de coronel à Polícia Civil

Coronel Parra Dias (usando boina) deixa 1º DP de Campinas após depoimento Foto: Clausio Tavoloni/ EPTV

Ouça a reportagem.

O Ministério Público (MP) devolveu à Polícia Civil o inquérito que investiga a explosão no apartamento do coronel reformado Virgílio Parra Dias. O MP pede  que pelo menos mais cinco pessoas sejam ouvidas antes da conclusão das apurações.

A devolução do inquérito aconteceu na última segunda-feira (20). O MP solicita no processo que sejam identificados e ouvidos sobre o ocorrido pelo menos cinco moradores do edifício, “vítimas que tiveram suas vidas e saúde expostas, que foram encaminhadas ao hospital em decorrência do incêndio causado.”

A explosão ocorreu em 24 de fevereiro do ano passado, no imóvel onde o coronel guardava um arsenal de 123 armas e munições, em Campinas.

O coronel aposentado foi indiciado em 24 de outubro do mesmo ano, pelos crimes de explosão, incêndio e posse de armas de fogo de uso restrito sem autorização.

As investigações apontaram que o incêndio no imóvel começou após a explosão de um artefato que estava no cofre, localizado em um cômodo ao lado da cozinha.  O local era usado pelo coronel para armazenar grande quantidade de pólvora e um arsenal de armas, entre pistolas, revólveres, espingardas e fuzis.

Um laudo do Instituto de Criminalística (IC) de São Paulo apontou ao menos duas explosões, vestígios de pólvora e disparo de munições no apartamento do coronel Parra Dias.

No laudo, o perito confirma que a explosão de um artefato dentro do cômodo-cofre onde ficava o armamento do militar iniciou o incêndio que, segundo o documento, chegou a 327°C de temperatura.

O documento lista os danos causados no apartamento do coronel, no apartamento vizinho e nas áreas comuns do prédio e afirma que as explosões, o incêndio e o disparo de munições colocaram em risco a vida dos moradores.

Entretanto, a perícia afirma que não é possível determinar se a explosão foi fruto de ação criminosa ou de acidente.

Grupo EP entrou em contato com a defesa do coronel, mas não houve retorno. A Secretaria de Segurança de Pública (SSP) foi procurada para comentar o pedido do MP, mas não teve retorno até a publicação da reportagem.

Virgílio Parra Dias, de 69 anos, é coronel aposentado e instrutor de tiro. Segundo o Exército, o militar tinha certificado de registro válido como atirador, caçador e colecionador (CAC) e tinha licença para manter 86 armas no imóvel. Depois da explosão, o coronel aposentado teve o registro de CAC cassado pelo Exército Brasileiro.

Compartilhe!

Pesquisar

Mais recentes

Cinco mulheres são presas por furto em mercado de Vinhedo

Polícia Civil desarticula esquema de falsificação de produtos ilegais em Campinas

Polícia investiga morte de comerciante baleado no Ouro Verde

PODCASTS

Fale com a gente!

WhatsApp CBN

Participe enviando sua mensagem para a CBN Campinas

Veja também

Polícia investiga morte de comerciante baleado no Ouro Verde

Um homem foi morto a tiros dentro de um comércio na manhã desta terça-feira (11), no distrito do Ouro Verde, em Campinas. De acordo com a Polícia Militar, o crime aconteceu por volta das 9h, na Rua Rachel Grimaldi Benites de Cará. A vítima, que era sócia do estabelecimento, foi atingida por vários disparos e morreu no local.

Reportar um erro

Comunique à equipe do Portal da CBN Campinas, erros de informação, de português ou técnicos encontrados neste texto.