Uma mulher acusada de causar a morte do filho de três meses por overdose de cocaína foi presa pela Polícia Militar na última quinta-feira (9), em Praia Grande (SP). A suspeita foi localizada no Hospital Irmã Dulce, onde recebia atendimento médico.
O caso, que chocou Campinas em maio de 2024, envolve também o pai da criança, que segue foragido. Ambos tiveram a prisão preventiva decretada pela Justiça em dezembro, após o Ministério Público Estadual (MP-SP) apresentá-los como responsáveis pela morte do bebê.
Segundo o 45º Batalhão da Polícia Militar do Interior, a mulher estava internada no hospital para acompanhamento de uma nova gestação. Após receber alta, a equipe de enfermagem acionou a Assistência Social, o Conselho Tutelar e a polícia, que confirmaram a identidade da suspeita. Ela foi conduzida ao Centro de Polícia Judiciária e recebeu voz de prisão.
De acordo com o inquérito, o casal levou o bebê já sem vida para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Padre Anchieta, em Campinas. O corpo da criança apresentava coágulos de sangue saindo pelas narinas. Em depoimento, a mãe afirmou ter alimentado o filho com uma mamadeira e o deixado dormindo enquanto cuidava de outra filha, de 1 ano e meio. Ao retornar, percebeu que o bebê estava com uma mancha roxa e sangue no nariz.
Apesar da versão apresentada, o laudo necroscópico revelou que a causa da morte foi uma overdose de cocaína. Para a promotora de Justiça Verônica de Oliveira, o casal administrou a droga ao bebê, embora os motivos para tal ato ainda sejam desconhecidos.
A Polícia Civil segue investigando o caso, enquanto as buscas pelo pai da criança continuam. A mulher está à disposição da Justiça.
