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A história da professora Lizandra Nallin Bongiorno começou há 20 anos no Centro Infantil Boldrini, em Campinas. Ela atuava na instituição como voluntária. Desde então, construiu a carreira profissional e se tornou Vice-coordenadora da Força Jovem do Hospital. A unidade completou 47 anos de história nesta sexta-feira (24).
Também presente ao evento, Juliana Moura é de Hortolândia e acompanha o filho Benjamin no tratamento contra a leucemia há mais de um ano. Ela fala da importância do hospital.
Quem também já foi paciente no hospital é André Macluf. Hoje com 52 anos, ele foi o primeiro paciente do Boldrini. Após a descoberta da doença, os pais do menino tentaram tratamento em São Paulo. Não percebendo avanço, a família decidiu pedir ajudar para a Dra Silvia Brandalise, que já era a pediatra do garoto.
A mãe do paciente, Rosa Macluf, explica que a médica foi fundamental para a unidade se tornar referência no tratamento do câncer. Rosa conta como tudo começou.
Com esse objetivo, a pediatra se tornou pioneira no tratamento de leucemia infantil no Brasil. Com o passar do tempo e o avanço dos tratamentos, o Hospital foi construído. O local foi projetado para receber as famílias com crianças e adolescentes em tratamento da doença.
No começo, o índice de cura do câncer pediátrico era de cerca de 5%. Com pesquisas clínicas, foram criados protocolos de precisão, com impacto no diagnóstico e alcance de índice de cura de cerca de 80%, equiparando-se aos índices americanos e europeus.
Atualmente, o Boldrini possui 40 consultórios para diferentes especialidades médicas. No setor de internação, são 77 leitos e quartos para acompanhantes.
Em 47 anos, foram mais de 31 mil casos novos, pacientes vindos de várias cidades do Brasil e até de países da América Latina. Cerca de 80% dos pacientes são provenientes do SUS (Sistema único de Saúde). O custeio dessa estrutura vem, principalmente, de doações da sociedade, representando cerca de 55% da receita mensal.