Polícia Civil descobre fábrica de remédios clandestina em Campinas

foto: Lucas Neri/CBN Campinas

Uma operação da Polícia Civil realizada nesta quinta-feira (9) desmantelou uma fábrica clandestina na rua Agenor Topinel, na região do Garcia, em Campinas. O local, segundo o delegado Sandro Jonasson, do 11º Distrito Policial, funcionava de forma totalmente irregular e apresentava atividades que vão desde a falsificação de medicamentos, alimentos e insumos para ração animal, até possíveis crimes ambientais e manipulação de entorpecentes. 

Entre os itens encontrados pelas equipes, estavam grandes quantidades de resíduos químicos, como ácido nítrico e ácido sulfúrico, armazenados de maneira irregular.

 “Os produtos estavam guardados de forma inacreditável, em absoluto desconformismo com as normas de saúde pública e segurança. Isso oferece riscos não apenas à saúde, mas também à incolumidade pública, incluindo o perigo de vazamentos e até explosões”, afirmou Jonasson. 

A operação também identificou tanques de decantação próximos a um córrego, sugerindo o descarte ilegal de substâncias químicas na água. De acordo com o delegado, ainda não há uma dimensão total dos danos ambientais e de saúde, mas as investigações seguem com apoio de órgãos especializados. 

Além dos resíduos químicos, a polícia encontrou indícios de um laboratório clandestino para refino de entorpecentes e manipulação de medicamentos. Entre os produtos apreendidos, estão sacas de whey protein e creatina com prazos de validade vencidos, que, segundo a apuração inicial, eram reetiquetados para comercialização. 

 “Os medicamentos e insumos encontrados, muitos deles com potencial cancerígeno, estavam sendo manipulados e envasados no local. Ainda não sabemos há quanto tempo a fábrica operava, mas é certo que funcionava de maneira ilegal e irresponsável, colocando em risco a população”, destacou o delegado. 

Até o momento, duas pessoas foram presas, e a polícia está em busca do proprietário do imóvel.

“Ele será preso ou responsabilizado exemplarmente por essa atitude, que é, no mínimo, irresponsável com a saúde pública e o meio ambiente”, garantiu Jonasson. 

As autoridades ainda investigam o destino dos produtos fabricados, mas a venda direta no local foi descartada. As próximas etapas incluem a análise detalhada do material apreendido e a mensuração dos danos ambientais e de segurança. 

A operação contou com o apoio da Vigilância Sanitária, Cetesb, Defesa Civil e Corpo de Bombeiros, que também foram ao local para avaliar os riscos e dar continuidade aos trabalhos.

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