Depois de Limeira, agora é Sumaré que tem a mãe do prefeito nomeada como secretária.
Na listagem de nomes para compor o secretariado a partir deste ano, Henrique do Paraíso (Republicanos) decidiu nomear a mãe, Noemi Stein Sciascio para a pasta de Inclusão, Assistência e Desenvolvimento Social.
O nome dela já está publicado no Diário Oficial do município. Noemi tem 66 anos e é empresária. Foi conselheira do Fundo Social da cidade e realizou trabalhos de ações sociais.
Em nota, o prefeito afirmou que a escolha dos secretários priorizou pessoas “com perfil técnico, experiência tanto no poder público, como na iniciativa privada, experiência em gestão e sólida formação acadêmica”. Segundo a assessoria de imprensa da prefeitura, Noemi tem experiência para a pasta em que vai atuar pelo histórico de ações sociais realizadas na cidade.
A esposa de Henrique, Débora Sciascio, assumiu o Fundo Social de Solidariedade.
Apesar do fato da mãe de Henrique do Paraíso ser nomeada secretária, assim como em Limeira, onde o prefeito, Murilo Félix (Podemos), nomeou Constância Félix como secretária de Habitação, os casos não são considerados nepotismo, como afirma Antonio Carlos de Freitas Jr., doutor e mestre em Direito Constitucional pela USP.
A CBN Campinas consultou também o colunista Marcelo Pelegrini, especialista em Direito Constitucional. Ele confirmou que é permitido sim que prefeito nomeie parentes apenas como secretários.
Já o cientista político e comentarista da CBN Campinas, Bruno Silva, considera que nem tudo que é legal é moral, e diz que algumas decisões do Supremo Tribunal Federal abrem margens para interpretação da nomeação de parentes.
O Fundo Social de Solidariedade não é considerado um cargo político, por isso pode ser assumido por parentes – algo que geralmente costuma acontecer.