Prefeito de Valinhos suspende leilão de ações do DAEV

foto: Câmara Municipal de Valinhos

O prefeito empossado Franklin Duarte de Lima (PL), de Valinhos, assinou um decreto que suspende a venda de ações do Departamento de Água e Esgotos da cidade, parte do processo de privatização da companhia. 

O processo foi iniciado pela antecessora, Capitã Lucimara (PSD) e acelerado após o período eleitoral, quando o resultado das urnas apontou a derrota da então Chefe do Executivo. Em outubro, o DAEV deixou de ser uma autarquia e passou a ser uma empresa pública, o que permitia a entrada de capital externo.  

No mês seguinte, no leilão, a Conasa Infraestrutura S/A, de Londrina (PR), se mostrou interessada na compra de 49% das ações do departamento, conforme o edital de licitação. A empresa foi a única a apresentar proposta, de R$ 3,62 por ação.   

A medida gerou grande discussão em Valinhos. Servidores públicos vinculados ao DAEV fizeram protestos e procuraram o sindicato do funcionalismo para relatar possíveis infrações às leis trabalhistas, caso a venda se concretizasse. 

Na época, o então chefe de gabinete da gestão de Lucimara, Markson Vieira, disse à CBN Campinas que a decisão de vender a empresa foi tomada após um estudo feito pela Fundação Instituto de Administração, que, segundo ele, apontou a necessidade de transformar o DAEV em empresa para conseguir pagar a dívida milionária e melhorar a qualidade do serviço na cidade. 

Além de suspender o efeito do leilão, Franklin determinou ainda a criação de uma Comissão Especial para rever os atos e decisões tomadas, e também convocou Assembleia para reestruturar o Conselho Administrativo. 

O último reajuste da tarifa do serviço de água e esgoto em Valinhos ocorreu em abril de 2023, com um aumento de quase 40% (39,6%) para a categoria residencial, para quem consome até dez mil litros, conforme definido pela ARES-PCJ, agência reguladora. 

Depois da posse, o prefeito também assinou outros atos administrativos, como a retirada de um semáforo recém-instalado na Rodovia Flávio de Carvalho, na altura da Avenida Altino Gouvêa; remoção de todos os radares com limite inferior a 40km/h, exceto aqueles instalados próximos a escolas e hospitais; e determinou que os servidores públicos que estão em outras funções voltem aos postos de origem. 

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