Após 32 anos, a Prefeitura de Campinas retirou as pedras usadas para evitar a presença de moradores em situação de rua no entorno do Viaduto Laurão, ao redor da pilastra de sustentação do elevado da Avenida Moraes Salles.
As pedras foram instaladas em 1993. Equipes da Secretaria Municipal de Serviços Públicos iniciaram o plantio de 500 mudas no local.
Ao todo, o investimento no projeto é de R$ 60 mil, informou a prefeitura.
Entidades sociais defendem há vários anos a retirada das pedras, acusando a prefeitura de aporofobia, a rejeição ou medo a pobres.
A palavra passou a ser difundida no Brasil com uma campanha do padre Júlio Lancellotti, da Pastoral do Povo da Rua, de São Paulo, contra as cidades que a praticam.
A aporofobia aparece principalmente no uso de grades, lanças e muros para impedir a aproximação de moradores de rua de residências e estabelecimentos.
Em 2021, a Catedral Metropolitana de Campinas esteve no centro de uma polêmica relacionada ao uso de objetos para impedir a presença de moradores em situação de rua.
O próprio padre Júlio Lancellotti postou uma foto de espetos instalados em uma das escadarias da igreja.
Após a repercussão, os espetos foram retirados.