Sábado, 24 fevereiro.
Passava das 18h30.
O que parecia ser o início de uma noite tranquila, se tornou um momento de pânico para os moradores do condomínio Fênix, em Campinas.
Um apartamento no 1º andar pegava fogo. Segundo a perícia, um artefato explodiu dentro do cofre do imóvel.
A notícia, o barulho de explosões e a fumaça se espalharam rápido pelos 7 andares do prédio, na Rua Hércules Florence, na região central.
Ao todo, 44 pessoas que estavam em andares superiores foram retiradas do prédio, parte delas por meio de cordas, em uma manobra semelhante à técnica de descida em rapel.
Trinta e quatro pessoas inalaram fumaça, precisaram de atendimento médico e foram encaminhadas para o hospitais, nenhuma em estado grave.
Além dos moradores retirados do prédio, um cão que estava no apartamento incendiado foi resgatado pelos bombeiros.
O apartamento é do coronel reformado Vigílio Parra Dias, de 69 anos, que deixou o prédio durante a evacuação. Dias depois, ele foi encontrado em uma praça do Jardim Chapadão, com um ferimento no pescoço, provocado por ele mesmo e chegou a ficar internado.
O apartamento tinha cerca de 111 armas de fogo – entre rifles, fuzis e espingardas – e “incontáveis” munições, segundo a Polícia Civil, além de duas granadas – que foram levadas para detonação em um local seguro.
O militar foi indiciado em outubro pela Polícia Civil por explosão, incêndio e posse irregular de 42 armas de fogo de uso restrito.
O coronel ainda teve o registro de CAC (caçador, atirador e colecionador), que o permitia ter armas de fogo, cassado pelo Exército Brasileiro.
