Ouça a reportagem.
Os servidores da Unicamp que precisam do transporte fretado até a universidade vêm enfrentando problemas com a prestação do serviço. A situação foi motivo de um protesto e paralisação pelos usuários, na manhã desta terça-feira (28), em frente à reitoria da instituição.
Entre as principais queixas, eles reclamam do aumento significativo no tempo de trajeto e falhas na criação das rotas. Também apontam como problema a segurança nos pontos de embarque e desembarque e a proibição de mudanças de rota pelos usuários.
Uma das diretoras do Sindicato dos Trabalhadores da Unicamp, Irene Rabelo, que é usuária do transporte fretado, relata o problema enfrentado.
Os atrasos nas linhas tem feito com que os servidores cheguem depois do horário previsto aos postos de trabalho. É o que relata também o servidor e diretor do STU José Luís Pio.
O último edital para contratação do serviço foi homologado em 30 de setembro do ano passado. O contrato com a empresa Rápido Sumaré estabeleceu 38 ônibus e 14 microônibus para percorrem 168 mil quilômetros mensais. A empresa foi vencedora da licitação, no valor de R$ 57 milhões.
Uma reunião com a Prefeitura da universidade foi marcada após o ato, na tentativa de negociar melhorias.
Sobre a reunião entre Sindicato dos Trabalhadores da Unicamp, a reitoria e prefeitura da universidade, ficou estabelecido que uma nova rota poderá ser criada ou alterada se a metade mais um dos usuários concordarem com as mudanças.
Também foi definido que haverá um usuário responsável por cada linha, eleito por meio do mesmo sistema de votação, com consenso da metade mais um.
“O Sindicato nos colocou algumas demandas para serem atendidas, foram duas basicamente: ter um responsável por linha e, se houver a necessidade de mudança de roteiros ou de pontos, se poderia ser atendido. Nós acolhemos as reinvindicações do sindicato, demos a devolutiva falando que existe instrumento administrativo para que isso ocorra”, explicou o prefeito da Unicamp, Juliano Davoli Finelli.