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Na hora de ir ao mercado ou à feira, a dona Regina Correa só consegue pensar uma coisa: no preço dos alimentos.
E ela não está errada em dizer que esses aumentos vêm pesando e muito no bolso. Os alimentos tem sido os principais responsáveis por puxar a alta da inflação no país, que fechou o último mês em 0,16%. Entre os produtos que mais aumentaram de preço, as hortaliças da estação entram no índice.
Entre os produtos que sofrerem as maiores altas, estão a vagem
tipo macarrão com 71,6%, a abobrinha com 43%, o pepino com alta de 38%, o tomate com aumento de 20% e a cebola que ficou 12% mais cara. Mas outras leguminosas e hortaliças também foram afetadas pela alta, como a couve-flor, o jiló, o brócolis e a alface.
O seu José Aparecido trabalha como feirante há 35 anos e tem encontrado os preços muito mais caros que normalmente. Ele afirma que a produção na roça não tem dado conta da demanda dos consumidores e que, além de pagar caro, tá difícil de encontrar mercadoria e com qualidade.
Entre os principais motivos para o aumento está o clima, pelo excesso de chuvas e o calor intenso registrados nos últimos dias, que tem afetado significativamente as regiões produtoras.
O economista e professor da PUC Campinas, Pedro Costa, detalha as causas da alta.
Ele também comenta sobre as expectativas sobre os preços para os próximos meses, que inclui melhora nos indicadores produtivos.
O grupo de alimentos e bebidas subiu, no último mês, 0,96%. De acordo com o IBGE, esse grupo tem um peso mensal de 21,69% no custo de vida da população com rendimento até 40 salários mínimos.