Construção civil impulsiona empregos, mas inflação encarece obras em Campinas

Foto: Antônio Cruz/Agência Brasil

O setor da construção civil tem impulsionado a geração de empregos em Campinas, mas apesar disso a inflação tem encarecido os custos dos materiais.

A cabeleireira Jobelina Lino começou o ano reformando o apartamento para onde vai se mudar. Mas tá saindo caro para pintar as paredes e trocar o piso do imóvel de 130 metros quadrados,  no Centro de Campinas.

O Índice Nacional de Custo da Construção subiu 0,7% em janeiro (0,71%) e acelerou mais que no mês anterior, quando ficou em 0,51%. Em um ano, a alta nacional foi de 6,8%. São Paulo teve uma inflação acima da média brasileira na construção civil, nesse mesmo período: 7,4%.

O INCC também serve de base para preços dos imóveis de construtoras. Economistas relacionam a alta ao mercado imobiliário que ficou aquecido em 2024. Um reflexo, também, de anos anteriores. O economista José Augusto Ruas explica.

O preço dos materiais de construção subiu em janeiro, mas menos do que em dezembro. O proprietário de uma rede de lojas de construção em Campinas, Bruno Plache, afirma que não conseguiu evitar reajustes de 8 a até 10% nas primeiras semanas do ano. Segundo o empresário, foi preciso repassar o aumento, vindo dos fornecedores.

Além dos materiais, também encareceu o trabalho de profissionais da construção civil. Engenheiro, pedreiro, eletricista foram os que mais contribuíram para a alta da categoria serviços, no índice de custos da construção em janeiro. Ao longo do último ano, a mão de obra ficou 9% mais cara.

Aumento que se explica pela lógica da oferta e procura. O número de profissionais disponíveis não dá conta de todo o serviço que vem sendo demandado. O Rafael Silva, por exemplo, trabalha como pedreiro e azulejista e passou o último ano com a agenda cheia. Voltou das férias com um trabalho atrás do outro neste mês e valorizado.

Para os economistas, a alta na taxa básica de juros deve encarecer o crédito para o mercado imobiliário e pode diminuir a demanda ao longo de 2025. Isso deve segurar a alta dos custos da construção.

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