O número de pessoas que procuram ajuda para tratar o vício em jogos de azar aumentou nas maiores cidades da região. O chamado Transtorno do Jogo tem levado pacientes a buscar atendimento em unidades do SUS, como os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS). Em Indaiatuba, por exemplo, 10 pessoas estão em tratamento atualmente, mas o número real de dependentes pode ser muito maior.
Uma mulher, que preferiu não se identificar, contou como o vício começou e como percebeu que precisava de ajuda depois de perder todo o salário do mês em apenas duas horas jogando online.
O psiquiatra Willian Augusto Araújo, do CAPS Indaiatuba, explica que esse transtorno geralmente vem acompanhado de sintomas como ansiedade, irritabilidade e perda de controle sobre o comportamento.
Segundo a medicina, o momento de buscar ajuda é quando a pessoa tenta parar e não consegue. A boa notícia é que há tratamento gratuito pelo SUS, como destaca o doutor Willian.
Além de Indaiatuba, outras cidades da região registram aumento na busca por tratamento. Em Mogi Guaçu, foram 20 atendimentos no ano passado. Piracicaba e Valinhos têm seis pacientes cada, enquanto Hortolândia e Limeira atendem três pessoas. Em Americana, dois pacientes fazem acompanhamento, e em Santa Bárbara d’Oeste são quatro.
Apesar dos números, o médico alerta que há muito mais pessoas precisando de ajuda.
O vício em jogos de azar pode causar impactos graves na vida financeira e emocional dos pacientes, mas o tratamento adequado pode ajudar a recuperar o controle sobre a situação. A orientação dos especialistas é que familiares e amigos fiquem atentos aos sinais e incentivem a busca por ajuda profissional.