Estado quer encerrar gestão da Unicamp no Hospital de Sumaré e contratar OS no lugar

Hospital Estadual de Sumaré (HES)
Foto: Divulgação

A Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) administra a gestão do Hospital Estadual de Sumaré (HES) há 25 anos, por meio de um convênio com o Estado. A atuação da universidade no hospital, no entanto, está ameaçada, já que o governo não demonstrou interesse na continuidade da parceria entre as instituições. O contrato, renovado em 2020, tem vigor até julho deste ano.

Neste mês, a vereadora de Campinas, Fernanda Souto (PSOL), protocolou uma moção ao estado apelando ao Governo a manutenção do convênio.

“A Câmara Municipal de Campinas, por meio desta Moção, apela ao Governo Tarcísio de Freitas para que empreenda ações de governo para que a Universidade Estadual de Campinas – Unicamp – prossiga com a sua relação de ensino, pesquisa e extensão junto ao Hospital Estadual de Sumaré.”

O pedido cita que o Hospital é parte fundamental do Complexo Hospitalar da Unicamp e outros hospitais públicos da região, sendo uma referência para o atendimento de demandas de média complexidade para grande parte dos municípios que integram a Região Metropolitana de Campinas (RMC).

De acordo com o documento, os programas de residência médica no Hospital Estadual de Sumaré garantem o pleno funcionamento da unidade hospitalar, atendendo mais de 79 especialidades médicas de acesso direto.

“Apela-se ao governador do Estado de São Paulo, Sr. Tarcísio de Freitas, para que empreenda esforços de gestão governamental e de adequações legislativas intrínsecas às competências previstas no arcabouço legal vigente para solucionar o problema”, diz a solicitação.

A Secretaria de Saúde do Estado apontou que apenas Organizações Sociais (OSs) poderão participar do processo licitatório, ao fim do atual contrato.

Segundo apurado pelo Grupo EP, a Unicamp tem trabalhado para mudar o estatuto de uma das fundações para se enquadrar como Organização Social e conseguir participar da concorrência a tempo, mas considera essa alternativa como último recurso.

A universidade ainda destacou a possibilidade do Estado se basear na lei estadual nº 17.893/2024, que regulamenta os convênios entre a administração pública e as fundações civis de saúde, sem que haja um novo chamamento público.

A CBN Campinas questionou a Secretaria Estadual de Saúde em relação ao motivo pela não continuidade do contrato com a Unicamp. Também perguntou sobre a lei que permitiria a continuidade da administração sem uma nova licitação.

Em nota, o estado não respondeu aos questionamentos. Informou apenas que “o novo chamamento atenderá às diretrizes da lei nº846/1998 e será publicado no Diário Oficial do Estado oportunamente”.

A Prefeitura de Sumaré também foi questionada pela CBN, sobre os diálogos e negociações com o governo estadual, mas não houve retorno.

Compartilhe!

Pesquisar

Mais recentes

Autoescola fecha e deixa alunos no prejuízo em Campinas

Rua da Abolição tem interdição parcial para construção de adutora até 2026

Procon vai monitorar reclamações sobre ligações indevidas por 90 dias

PODCASTS

Fale com a gente!

WhatsApp CBN

Participe enviando sua mensagem para a CBN Campinas

Veja também

Reportar um erro

Comunique à equipe do Portal da CBN Campinas, erros de informação, de português ou técnicos encontrados neste texto.