Fundado há quase 70 anos, Nem Sangue Nem Areia diverte famílias na Vila Industrial

Em 1941, o filme Sangue e Areia contava a história de um toureiro espanhol que estava dividido pelo amor de duas mulheres. Mas o que isso tem a ver com o Carnaval? E com Campinas? Tudo, pois cinco anos depois, um grupo de moradores da Vila Industrial fundou um bloco com o nome inspirado no filme. Passava a desfilar pela região central de Campinas o Nem Sangue Nem Areia.

O jornalista Roberto Cardinalle explica que o nome do bloco fazia referência aos bois que existiam no bairro.

Foram mais de 30 carnavais. O bloco cresceu e se tornou escola de samba. Mas em 1976, o Nem Sangue Nem Areia encerrou as atividades. Até que em 2008, jornalistas e artistas de Campinas resolveram resgatar a história do bloco e voltar às ruas no domingo pré-Carnaval. Entre eles, Roberto Cardinalle, até hoje diretor do Nem Sangue Nem Areia, que conta que o grupo recebeu a bênção dos antigos fundadores.

O Nem Sangue Nem Areia tem uma característica própria. No percurso pelas ruas da Vila Industrial, a bateria e o carro de som cantam apenas o samba-enredo próprio, feito para cada ano de apresentação. No desfile do último domingo, o bloco homenageou o sambista Nelson Fidelis e o grupo criado por ele, A Velha Arte do Samba. Roberto Cardinalle destaca a importância de homenagear um baluarte do samba de Campinas em vida.

Foto: Divulgação

Assim como acontece nos blocos tradicionais, o samba-enredo é escolhido por meio de um concurso. Mas para 2025, a obra foi encomendada para uma dupla de compositores. Um deles é Thiago de Souza. Vencedor de sambas nas escolas Dragões da Real e Morro da Casa Verde, em São Paulo, e finalista na Mangueira, no Rio de Janeiro, em 2022, Thiago ressalta a importância de compor para o tradicional bloco e homenagear personalidades do Carnaval de Campinas.

Ao contrário da City Banda, que acabou se tornando um megabloco, reunindo mais de 50 mil pessoas, o Nem Sangue Nem Areia é um bloco familiar. A bateria recebe ritmistas da escola de samba Estrela D’Alva há quatro carnavais. E não existe qualquer intenção de se interromper as atividades novamente, pois o bloco é um patrimônio do Carnaval da cidade.

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