Impasse entre estudantes de Jaguariúna e Prefeitura marca início do ano letivo 

foto: Prefeitura Jaguariúna

Uma mudança na política de transporte escolar em Jaguariúna tem gerado insatisfação entre parte dos estudantes que cursam ensino técnico e superior em cidades da região. A Prefeitura anunciou a substituição do transporte fretado gratuito por um auxílio financeiro de até R$ 550 mensais, valor considerado insuficiente para cobrir os custos do deslocamento. 

Até o ano passado, a administração municipal fornecia ônibus gratuitos para estudantes do período noturno e passes intermunicipais para alunos do matutino. Com a nova medida, cada aluno receberá o auxílio diretamente para contratar seu próprio transporte. No entanto, muitos alegam que o valor não cobre as despesas reais, que podem ultrapassar R$ 800 mensais, como conta Lucas Anjos, um dos representantes do movimento de estudantes contrário ao novo programa da prefeitura.

Outro ponto de reclamação é que o auxílio será concedido por apenas 10 meses, enquanto as empresas de transporte cobram pelo serviço durante o ano todo. Ou seja, nos meses restantes, os estudantes terão que arcar integralmente com os custos. A situação é especialmente preocupante para alunos bolsistas e de baixa renda, que podem enfrentar dificuldades para manter os estudos, completou Lucas.

Em nota oficial, a Prefeitura afirmou que esta é a primeira vez que um auxílio financeiro é oferecido para o transporte de estudantes para outros municípios. A justificativa para a mudança seria dar “autonomia e independência” aos alunos, permitindo que escolham a melhor forma de deslocamento. 

A gestão municipal também argumenta que a medida amplia o benefício para mais estudantes, incluindo alunos de cursos integrais e semipresenciais, que antes não eram contemplados. O auxílio será condicionado à comprovação de frequência mínima de 75% e poderá ser ajustado para estudantes semipresenciais, conforme os dias de aula obrigatórios. 

Diante da repercussão, a Prefeitura informou que fará uma avaliação do programa no segundo semestre e que poderá realizar ajustes, caso necessário. Enquanto isso, os estudantes continuam pressionando para que o modelo anterior seja retomado ou que o auxílio seja reajustado para cobrir os custos reais do transporte.

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