A Teka, tradicional indústria têxtil com sede em Blumenau (SC) e unidade em Artur Nogueira, pediu falência à Justiça nesta quinta-feira, após 13 anos de recuperação judicial. A decisão foi anunciada nas redes sociais da empresa.
Em comunicado, a companhia informou que os advogados responsáveis pela administração judicial entraram com o pedido de falência continuada.
Isso significa que a empresa vai continuar em operação até que o patrimônio seja liquidado e os credores pagos. Apesar das dívidas bilionárias, o valor exato do passivo da companhia ainda não foi divulgado.
A solicitação de falência vai ser analisada pela Vara Regional de Falências, Recuperação Judicial e Extrajudicial de Jaraguá do Sul (SC). Ainda não há prazo para o veredito.
Até que a decisão seja tomada, a Teka segue funcionando sob as mesmas condições financeiras e operacionais de antes.
A empresa defende que a manutenção das atividades é essencial para as cidades de Blumenau e Artur Nogueira, e informou que a falência continuada busca a racionalização dos pagamentos aos credores e a permanência da marca no mercado.
Atualmente, a Teka conta com cerca de 2 mil funcionários.
A situação gerou tensão entre os trabalhadores.
A Teka entrou em recuperação judicial em 2012 devido a dívidas bilionárias. Em 2017, a empresa deixou de operar na B3, a Bolsa de Valores de São Paulo.
Em 2014, o então presidente-executivo, Marcello Stewers, renunciou, mas os motivos não foram esclarecidos.
A crise interna da companhia era evidente, com vários conselheiros sendo destituídos por ordem judicial nos últimos anos.