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A Operação Infância Segura, da Polícia Civil, identificou que alguns dos investigados por armazenar e compartilhar conteúdo de abuso sexual de crianças trabalhavam formalmente em instituições na área da educação. A Polícia cumpriu, nesta quarta-feira (5), nove mandados de busca e apreensão em busca dos suspeitos.
Foram cumpridos três mandados em Campinas, um em Valinhos, um em Sumaré, dois em Sorocaba e outros dois em Sertãozinho.
O homem de 28 anos que morava em Sumaré atuava como funcionário de uma universidade particular de Campinas. Os investigadores conseguiram identificar que no celular dele havia armazenamento e compartilhamento de fotos e vídeos de abuso sexual de crianças.
Durante a operação, os policiais civis vasculharem os computadores de sete alvos. A investigação apreendeu celulares, computadores e outros dispositivos de armazenamento de imagens, que passarão por análise da Polícia.
Outro investigado, de Sorocaba, também era ligado ao setor de educação e trabalhava diretamente com crianças. O homem era secretário de uma creche municipal de Sorocaba e foi preso enquanto trabalhava.
Em nota ao Grupo EP, a Secretaria de Educação de Sorocaba informou que teve conhecimento do caso após a prisão do funcionário e que se coloca à disposição para colaborar com as investigações.
A operação denominada infância segura é o desdobramento da prisão de um diretor de escola em Campinas, em março do ano passado.
Adenílson Carlos da Costa, na época com 50 anos, era diretor da escola estadual Dona Castorina Cavalheiro. A polícia disse que encontrou vídeos no celular dele. Adenílson é suspeito de armazenar centenas de vídeos de abuso infantil envolvendo bebês, crianças e adolescentes. A prisão, na época, ocorreu dentro da escola.
Adenilson segue preso e, segundo a Polícia, em outubro ele foi condenado na Justiça a 6 anos e 8 meses pelo compartilhamento mais 2 anos e 6 meses pelo armazenamento de abuso sexual infantil – totalizando nove anos e dois meses de prisão.
A partir do material apreendido, a policia buscará por outras pessoas que compartilham e armazenam esse tipo de material, com foco nos criminosos que gravam o conteúdo de exploração sexual com bebês, crianças e adolescentes.