O tradicional cafezinho está ficando mais caro. O grão moído teve uma alta de cerca de 50% no acumulado dos 12 meses até janeiro, segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Na variação mensal, a bebida ficou 8,56% mais cara em relação a dezembro do ano passado (2024).
O custo do grão deve continuar subindo, nos próximos 2 meses, nas prateleiras dos supermercados, afirma a Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic).
Enquanto isso, em casa, a opção pra muita gente vai ser diminuir a bebida. É o caso da família da Iara Cristina Rocha. A cozinheira já está pensando nas substituições. O companheiro confirma a mudança nos hábitos.
A alta do preço também atinge os empresários, ou seja, tomar o cafezinho fora de casa também está mais caro.
Jenilson Silva é gerente de marketing de uma paneteria, em Campinas. Para o estabelecimento, a compra do grão teve reajuste de 23%. O aumento também vai chegar ao bolso do cliente no mês que vem.
A razão de toda essa mudança são fatores, como o clima, por exemplo, que prejudicou a produção e aumentou o preço, como explica o economista, Felipe Queiroz.
Segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a safra deste ano deve ser cerca de 4% menor em relação à safra anterior. Apenas em setembro, quando termina a atual colheita, será possível identificar se o preço irá diminuir.