A Secretaria de Saúde de Campinas começou a usar inteligência artificial para incentivar a vacinação contra a febre amarela.
Mensagens via WhatsApp estão sendo enviadas pela assistente virtual Ana para pacientes a partir de 18 anos cadastrados nos centros de saúde Sousas, Joaquim Egídio e Carlos Gomes, áreas em alerta para risco de transmissão da doença.
O objetivo é reforçar que todos os moradores, turistas e viajantes para regiões de risco precisam se vacinar.
A campanha segue até 8 de março, com quase 10 mil mensagens enviadas a pacientes com telefones atualizados. A vacina é aplicada em dose única a partir dos 5 anos, sem necessidade de reforço.
A ação foi intensificada após casos confirmados da doença em cidades próximas de São Paulo e Minas Gerais. Além do contato via WhatsApp, equipes da Saúde realizam vacinação casa a casa em 26 centros de saúde. Entre 5 e 22 de fevereiro, foram aplicadas quase 4 mil doses.
Campinas já registrou dois casos confirmados de febre amarela. Um deles, de um morador da área rural de Sousas, teve desfecho fatal. O outro paciente, que frequenta o distrito para atividades recreativas, evoluiu para cura. Também foram encontrados dois macacos mortos que testaram positivo para a doença, indicando a circulação do vírus.
A febre amarela é transmitida por mosquitos em áreas de mata e pode levar a complicações graves, incluindo sangramentos e falência de órgãos. Os sintomas incluem febre repentina, calafrios, dor de cabeça e náuseas.
A vacinação está disponível para todos os moradores a partir de 9 meses. Para crianças de 6 a 8 meses, a imunização ocorre de forma seletiva, garantindo o esquema completo aos 9 meses e aos 4 anos. Pessoas com mais de 60 anos, gestantes e lactantes recebem avaliação específica antes da aplicação.
Em 2024, a cobertura vacinal contra a febre amarela ficou em 83,6%, abaixo da meta de 95% do Ministério da Saúde, mas superior aos índices de anos anteriores.