Afastamentos por transtornos mentais crescem 66,8% no Estado de SP

Imagem: Pixabay

A professora de Educação Física Jeisiane de Souza teve a primeira crise de depressão em 2022. No ano passado, o transtorno se tornou mais intenso. Foi o primeiro alerta para que a profissional decidisse buscar ajuda. A professora conta que o problema de saúde foi incapacitante, e a impedia de interagir normalmente com os alunos.

A professora é uma dos mais de 470 mil brasileiros que se afastaram do trabalho por transtorno mentais em 2024. Os dados são do Ministério da Previdência Social. Esse é o maior número em pelo menos dez anos.

Já no Estado de São Paulo, o número de pessoas afastadas do ambiente de trabalho pelo INSS saltou quase 67% em um ano. O aumento é referente a comparação entre o ano de 2023 e 2024. As doenças que aparecem no topo da lista são a ansiedade e a depressão.

O médico psiquiatra Jami Bartolomei acredita que esse aumento não tem só a ver com o mercado de trabalho, mas também com as ‘cicatrizes’ da pandemia O médico ainda explica que o afastamento é indicado para que o trabalhador consiga se recuperar melhor de quadros incapacitantes que envolvem a saúde mental, como crises de pânico e ansiedade, que causam medo no paciente e impedem a socialização.

Os dados do INSS permitem traçar um perfil dos trabalhadores atendidos: 64% são muheres, com idade média de 41 anos, e com quadros de ansiedade e de depressão. Elas passam até três meses afastadas do trabalho. Por outro lado, não foi possível fazer recortes por raça, faixa salarial ou escolaridade, pois os dados não foram informados pelo INSS.

Vinícius Pacheco, advogado especialista em assuntos previdenciários confirma o crescimento de casos de afastamento pelo INSS. A decisão depende da perícia médica, porém, se a resposta do INSS para o afastamento for negativa, é possível reverter o quadro.

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