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Dietas milagrosas com alto consumo de chás, medo de determinados alimentos e até detox extremos: essas são algumas das principais ideias do chamado terrorismo alimentar, caracterizado por práticas que geram medo ou desinformação sobre alimentos, impactando escolhas e comportamentos alimentares.
As mulheres são as mais afetadas por essas questões. Uma jovem, que prefere não ser identificada, compartilhou sua experiência com o diagnóstico de bulimia. Com 22 anos, ela chegou a pesar 100 kg e fez cirurgia bariátrica e plástica.
Em 2023, foram realizados 540 atendimentos relacionados a transtornos alimentares, como bulimia e hiperfagia, caracterizada pela ingestão exagerada de alimentos. Já em 2024, foram 579 consultas, representando um aumento de 7,2% no Estado de São Paulo, segundo a Secretaria de Estado da Saúde.
No mesmo ano, a saúde pública registrou 125 internações devido a transtornos alimentares, um aumento de 64,47% em comparação a 2023, quando foram registradas 76 internações.
Ana Paula Pregnolatto, psicóloga do ambulatório HC Unicamp, comenta aspectos dos transtornos alimentares.
Essas informações, facilmente encontradas na internet, se propagam rapidamente, trazendo graves consequências. Rebeca Ribeiro da Silva é um exemplo de pessoa influenciada por essa tendência.
Mariana Bezzan Monteiro, nutricionista do ambulatório HC Unicamp, conta que o terrorismo digital piorou a relação das pessoas com os alimentos, ao reforçar a ideia do que é certo ou errado na alimentação e até distorcer informações.
A Unicamp possui um grupo especializado em atendimento para pessoas com transtornos alimentares. Os interessados devem procurar o ambulatório da psiquiatria da Universidade através do telefone (19) 3521-7514. Ou através das redes sociais: @geta.unicamp.
Com informações de Wesley Justino/EPTV Campinas*