Campinas e região continuam em alerta para a febre amarela, com casos registrados em primatas e humanos, que continuam aumentando. A Defesa Civil de Campinas realizou na manhã desta quarta-feira (26) um treinamento de prevenção da febre amarela com uso de tecnologia, na área do Parque Ecológico.
A ferramenta usada no treinamento é o Sistema de Informação em Saúde Silvestre (Siss-Geo), desenvolvido pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). O Siss-Geo é um aplicativo criado para monitorar a fauna e a vigilância de emergências de zoonoses.
A coordenadora de vigilância em zoonoses de Campinas, Marcela do Prado, explica a importância do trabalho no combate à doença.
Como ele funciona: se um agente de zoonoses ou um morador encontrar um macaco morto ou doente em uma área, é possível fazer o registro pelo aplicativo, informando o local exato e outros detalhes importantes do caso.
Dessa forma, o setor de Vigilância em Zoonoses consegue identificar a possível rota do vírus da febre amarela, chamada tecnicamente de corredores ecológicos de transmissão da doença e assim criar as estratégias de combate, como por exemplo, intensificar a vacinação naquela região.
Participaram do treinamento 30 pessoas, de sete municípios, além de Campinas, Espírito Santo do Pinhal, Monte Alegre do Sul, Monte Mor, Piracaia, Sumaré e Valinhos. A coordenadora da divisão de zoonoses de Valinhos, Lucia Feltrin, conta que a ferramenta ajudará a intensificar o monitoramento da doença.
Neste ano, Campinas já confirmou quatro casos de febre amarela em humanos. Dois casos evoluíram para cura, enquanto dois moradores não resistiram à doença e morreram.
O último caso, que evoluiu para cura, foi confirmado na terça-feira (25). A vítima é um homem de 24 anos, que não recebeu a vacina para doença. Ele teve os primeiros sintomas em 18 de fevereiro, chegou a ser internado em um hospital da rede particular de Campinas e depois recebeu alta.
Segundo a Prefeitura, o local provável de infecção é considerado indeterminado, já que o morador tem histórico de deslocamento para áreas rurais de Joaquim Egídio e de municípios vizinhos, que são consideradas de risco para transmissão da doença.