Pela segunda semana consecutiva, a sessão da Câmara de Campinas foi interrompida por falta de quórum. Desta vez, a debandada dos vereadores aconteceu durante a discussão de um requerimento da Prefeitura que solicitava a tramitação em regime de urgência do projeto de lei que prevê o aumento do salário do diretor-presidente da Rede Mário Gatti de Urgência e Emergência Hospitalar.
Atualmente, o subsídio do cargo é de R$ 23.246,08 e, caso o projeto seja aprovado, passará para R$ 37.082,36. Durante a discussão do requerimento, a vereadora Mariana Conti (Psol) se manifestou contra a proposta.
Após o pronunciamento da parlamentar, o presidente da Câmara, Luis Rossini (Republicanos), atendeu a um pedido de verificação de quórum. O regimento interno determina a presença mínima de 16 vereadores para que as votações sejam mantidas, o que não ocorreu.
Com a confirmação da falta de quórum, a sessão precisou ser encerrada. Antes da interrupção, o vereador Vini Oliveira (Cidadania) também antecipou sua posição sobre o projeto.
Além do reajuste do diretor da Rede Mário Gatti, outros três projetos semelhantes estão na fila, propondo aumentos salariais para os presidentes da Setec, do Camprev e da Fundação José Pedro de Oliveira (FJPO). A polêmica sobre esses projetos se arrasta desde dezembro, quando o líder do governo na Câmara, Paulo Haddad (PSD), solicitou o adiamento das votações.
A justificativa das propostas se baseia no fato de que, historicamente, os salários dos presidentes de fundações e autarquias municipais são equiparados ao dos secretários municipais, que atualmente recebem os cerca de R$37 mil. O texto argumenta que a atualização dos valores busca garantir equidade na estrutura remuneratória do alto escalão da administração municipal.
Com a sessão encerrada, os requerimentos devem voltar à pauta na próxima quarta-feira (12).