Os servidores municipais de Limeira seguem em greve pelo terceiro dia, cobrando a abertura de negociação com a prefeitura. Mesmo sem resposta da administração, a categoria se manteve mobilizada em frente ao prédio da prefeitura e aprovou uma contraproposta em assembleia com representantes da Apeoesp e do Sinde-guarda.
Os servidores pedem a revogação da suspensão do reajuste de 85% dos agentes políticos do Executivo, a aplicação imediata de 5,6% de dissídio a partir de março de 2025 e um reajuste de 6,27% no Piso Nacional do Magistério, com pagamento retroativo no segundo semestre.
Também propõem vale-alimentação de R$ 850 para todos os servidores, subindo para R$ 1.000 no Dia do Servidor Público, além de reposição salarial de 3% em julho, cobrindo perdas geradas pelo aumento da alíquota previdenciária.
A prefeitura informou que a paralisação ainda impacta serviços essenciais, como farmácias e escolas, descumprindo a decisão do Tribunal de Justiça de São Paulo, que exige a presença mínima de 70% dos servidores nesses setores.
Segundo a Secretaria de Educação, a Emeief Minerva Santi e o Centro Infantil Vereador Waldimir Jorge Schinor estão fechados, enquanto outras 33 escolas operam parcialmente.
Na Saúde, as farmácias das UBSs Aeroporto e Morro Azul continuam sem funcionamento, afetando a distribuição de medicamentos convencionais e controlados.
A administração municipal disse manter diálogo com os servidores e que a situação financeira da cidade impede reajustes além dos 5,06% já concedidos. A prefeitura afirmou que tomará medidas legais pelo descumprimento da liminar e que descontará os dias parados dos grevistas.