O dia a dia de uma pessoa com deficiência é cercado por diferentes tipos de obstáculos e desafios. Para ajudar a superar essas dificuldades, o Instituto Campineiro dos Cegos Trabalhadores inaugurou, nesta sexta-feira (14), um jardim sensorial.
O espaço, na área da instituição, já é um plano antigo, mas só começou a ser construído há cerca de dois meses. O jardim possui um caminho, em formato circular, por onde os deficientes visuais atravessam diversos tipos de terrenos. A estrutura busca desenvolver habilidades sensoriais, cognitivas e emocionais dos assistidos.
O trajeto é composto, por exemplo, por pedrinhas, grama, bambus, um xilofone improvisado com garrafas e até sino de ventos. Algumas floreiras com temperos também foram colocadas ao longo do circuito, para que eles identificassem, pelo cheiro, qual era o tempero. Uma fonte central também evidência os sons da água.
O presidente do instituto, Porfirio Caldas, fala sobre trazer as diferentes sensações as pessoas com deficiência visual.
De acordo com o Instituto, o jardim foi pensado para ser um instrumento inovador e útil, não só para deficientes visuais, mas para toda comunidade por estimular os cinco sentidos. O jardim ajuda a desenvolver competências importantes para a aprendizagem, como a coordenação motora, a atenção, o equilíbrio, a memória e a noção de espaço.
O palestrante Salmir Santos é um dos 170 assistidos pelo Instituto dos Cegos. Ele conta como foi a experiência no jardim.
Ele reflete sobre como esse contato com os terrenos diferentes no jardim também serve como um tipo de preparo para o que eles enfrentam no cotidiano.
Criado há mais de 90 anos, o Instituto Campineiro dos Cegos Trabalhadores tem como missão habilitar, reabilitar, capacitar profissionalmente e encaminhar ao mercado de trabalho pessoas com deficiência visual.