A vacina contra a chikungunya produzida pelo Instituto Butantan, em São Paulo, recebeu aprovação definitiva da Anvisa para uso no Brasil em maiores de 18 anos. O pedido foi feito pelo instituto, que faz a vacina em parceria com a farmacêutica Valneva. É a chegada do primeiro imunizante autorizado contra a doença no país.
Nos testes clínicos realizados nos Estados Unidos com 4 mil voluntários, a vacina apresentou 98,9% de resposta imune com produção de anticorpos, mantendo a proteção por pelo menos seis meses. Os resultados foram publicados na revista The Lancet. A vacina também já foi aprovada nos Estados Unidos e pela União Europeia.
No Brasil, o Butantan segue trabalhando em uma versão nacional do imunizante, com produção parcial em território brasileiro e foco na inclusão pelo SUS. A expectativa é que a vacina seja oferecida primeiro para quem vive em regiões com maior número de casos.
A aprovação abre caminho para um reforço no combate à chikungunya, que em 2024 causou mais de 260 mil casos prováveis e pelo menos 213 mortes no Brasil. A doença é transmitida pelo mosquito Aedes aegypti e provoca febre alta e dores intensas nas articulações, podendo deixar sequelas crônicas.
Enquanto a vacinação não começa, o alerta segue para as ações de prevenção: manter quintais limpos, eliminar água parada e tampar caixas d’água são atitudes simples que ajudam a evitar a proliferação do mosquito.