Um levantamento da Federação do Comércio de São Paulo (FecomercioSP), que analisou 200 empresas paulistas, revela que 64,5% dos estabelecimentos sofreram impactos de eventos climáticos extremos em 2024. As consequências vão desde a interrupção de operações por chuvas intensas até o desabastecimento causado pelo calor extremo.
Além disso, 44,5% relataram prejuízos financeiros devido às condições adversas do clima.
Eventos climáticos intensos, como temporais com alagamentos, quedas de árvores e interrupção do fornecimento de energia, têm impactado diretamente os setores de comércio e serviços.
Entre os afetados, está o empresário Fernando Domingues, que atua na locação de campos e quadras esportivas em Valinhos. Após uma forte chuva causar inundações, ele precisou suspender as atividades por dez dias.
O comerciante João Marcelo Ribeiro afirma ter tido um prejuízo de R$ 200 mil após a queda de um muro no estabelecimento, causada por um temporal de verão.
Cristiane Cortez, assessora do Conselho de Sustentabilidade da FecomercioSP, destaca a importância da análise climática.
A pesquisa também aponta que 40% das empresas entrevistadas consideram a falta de recursos um obstáculo para investir em práticas mais sustentáveis, enquanto 26% admitem não ter conhecimento técnico suficiente para implementar essas ações.
O levantamento ainda questionou as empresas sobre iniciativas para a descarbonização dos negócios. Como solução, 69% citaram a destinação de resíduos orgânicos para compostagem como ação sustentável.
