Polícia abre inquérito após vídeo mostrar professora sentada sobre aluno autista em Campinas; vídeo

Foto: Reprodução;

A Polícia Civil instaurou um inquérito para investigar a denúncia de agressão a um aluno autista de 6 anos, em uma escola particular, em Campinas.

Um vídeo sobre o caso mostra uma professora sentada sobre a criança para imobilizá-la durante uma crise. A gravação foi feita por uma funcionária da própria escola, que encaminhou as imagens à família da criança.

No vídeo, é possível ver que a mulher sentou em cima do menino e segurou a criança pelos punhos. A imagem também mostra que a professora levantou a mão em direção ao aluno e, na sequência, foi possível ouvir um estalo, mas não é mostrado se o tapa atingiu a criança.

Com a abertura do inquérito, a mãe da criança e testemunhas já foram ouvidas para dar andamento à investigação.

O caso aconteceu no dia 26 de março, e a família do menino registrou um boletim de ocorrência contra a professora por lesão corporal no dia 11 de abril.

A advogada que representa a família da criança, disse que a família está profundamente abalada, e todas as medidas legais já estão sendo tomadas.

Em nota, o colégio afirmou que não houve agressão e que a contenção exercida pela professora estava “em conformidade com o procedimento padrão”.

Nota completa Colégio Estudarte:

Recebemos informações que circula um vídeo envolvendo a professora e um aluno com comportamentos típicos de TEA, onde a professora supostamente teria agredido a criança com tapas ao tentar contê-la. Ocorre que as informação são mentirosas, conforme demonstraremos a seguir.

A criança em questão tem comportamentos típicos de autista, segundo preenchido na ficha de saúde do menor pela mãe. A criança estava matriculada em outra escola (que por questões éticas não será divulgado o nome) onde a diretora passou informações que não tinham mais condição de cuidar do aluno, pelo seu histórico de agressões, indicando a Estudarte (que possui outros alunos com comportamentos típicos de autista, sendo referência no assunto), onde prontamente, recebeu o aluno.

O aluno estava matriculado na Estudarte desde o dia 06/03/2025, onde, por várias vezes, agrediu outros alunos, professores e monitores, e sempre precisou de intervenção, inclusive sendo necessário por diversas vezes, o contato com a genitora para vir busca-lo.

No dia dos fatos, o aluno chegou 30 minutos antes de seu horário convencional (das 9:00 às 13:00), e por ter saído de sua rotina, já chegou na instituição descompensado e muito agressivo, inclusive contra o próprio responsável em trazê-lo.

O aluno foi recebido pela Professora, e o aluno estava com muita agressividade, conforme já relatado. Entrou na instituição se debatendo e se jogando no chão, com o intuito de sair correndo para fora da escola, agredindo a Professora com mordidas, tapas chutes e arranhões.

A Professora é portadora de Lúpus Eritematoso Sistêmica (LES), Esclerose Múltipla com alteração do campo visual (CID H54), e por possuir fraqueza e visão limitada, era agredida constantemente pelo aluno, e, por não ter ajuda da Auxiliar de Desenvolvimento Infantil (ADI) que estava próxima, decidindo filmar ao invés de auxiliar a conter a crise, não teve alternativa senão realizar a contenção mecânica da criança por imobilização, estando em conformidade com o procedimento padrão em casos de crises como a ocorrida, visando a segurança da criança e daqueles que estão ao seu redor, sendo este o último recurso possível utilizado, por ter tentado todas as alternativas possíveis.

Vale ressaltar que a Professora tem 33 anos de experiência na educação, sendo nesse período professora, coordenadora, diretora e escritora, com diversos livros publicados, sendo inclusive autora intelectual de métodos de ensinos utilizados em diversas escolas da região, tendo vasta experiência com os diversos tipos de criança, afirmando que jamais agrediu a qualquer criança, tampouco o aluno em questão, sendo que a manobra realizada está dentro do procedimento padrão após se esgotarem todas as alternativas anteriores.

Nos colocamos à disposição para eventuais esclarecimentos, sendo essa a verdade dos fatos ocorridos”.

*com informações do G1 Campinas

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