Campinas segue entre as cidades consideradas mais caras para se viver no Brasil — e um dos motivos está na alta dos alimentos. Um levantamento do Observatório PUC-Campinas apontou que, em março, o custo da cesta básica na cidade atingiu o valor recorde de R$ 801,04.
O grande vilão do mês foi o tomate, que sozinho registrou um aumento de 36,76% e puxou a variação da cesta para cima, com alta de 3,63%. Entre os 13 itens analisados, cinco tiveram aumento, com destaque também para o café, que subiu 6,17%, e o leite, com alta de 6,01%.
No acumulado do ano, os números impressionam ainda mais: o tomate já acumula alta de 87,58% no primeiro trimestre, enquanto o café subiu 30,11%.
E quem sente esses aumentos diretamente no bolso é o consumidor. A aposentada Marlene Ribeiro diz que toda ida ao mercado tem sido um susto.
A dona de casa Elizabeth Mukai também percebeu o impacto e precisou mudar os hábitos de compra.
Campinas, inclusive, foi a cidade com maior variação da cesta básica entre as 17 capitais monitoradas pelo DIEESE, órgão nacional que acompanha o custo de vida no país. Nas regiões Sul e Sudeste, todas as capitais apresentaram variações acima dos dois pontos percentuais — reflexo de uma tendência que ainda deve continuar.
No acumulado do ano, a alta em Campinas já chega a 7,72%, a terceira maior entre as cidades pesquisadas.
Embora os aumentos mensais da cesta básica chamem muito mais atenção, alguns itens ficaram mais baratos no mês passado. É o caso da batata, que teve queda de 12,02%, e da farinha de trigo, com recuo de 3,79%.