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As pessoas que se identificam como transexuais, travestis ou não-binárias poderão acessar o sistema de cotas da Universidade Estadual de Campinas, a Unicamp, para ingresso na graduação, a partir do próximo vestibular da instituição. A decisão foi comunicada pela universidade nesta terça-feira (1º).
De acordo com o Conselho Universitário da Unicamp, as vagas serão disponibilizadas no Edital Enem-Unicamp e vão permitir a participação de candidatos de escolas públicas e privadas.
O diretor da Comvest, a Comissão Permanente para os Vestibulares, José Alves de Freitas, detalha como serão as regras para a reserva de vagas.
Dados da universidade apontam que, no Vestibular 2025, foram 279 candidatos inscritos com nome social. Desse total, 40 foram convocados. Os cursos mais procurados foram Artes Visuais, Ciências Biológicas e Medicina.
Alves destacou ainda como será feita a identificação desses candidatos. A avaliação dos critérios inclui, além da autodeclaração, a exigência um relato de vida.
De acordo com a Unicamp, a medida também considerou dados da falta de acesso ao ensino superior pela população de pessoas trans no Brasil, muitas vezes associada à violência enfrentada por esse grupo social. Atualmente, 13 universidades do país, entre federais ou estaduais, contam com esse tipo de sistema de acesso à graduação.
Depois de cinco anos da abertura das primeiras vagas, a universidade fará uma análise dos resultados da política.
O edital com inclusão das cotas para pessoas trans, referente ao vestibular 2026, será publicado em agosto. As inscrições serão de 1º de agosto a 1º de setembro, pela internet (www.comvest.unicamp.br). A primeira fase será realizada no dia 26 de outubro de 2025 e a segunda fase nos dias 30 de novembro e 1 de dezembro de 2025.
