Três dias após o pedido de recuperação judicial nos Estados Unidos, a companhia Aérea Azul anunciou nesta sexta-feira (30) etapas do seu plano de reestruturação. A primeira audiência na Justiça dos Estados Unidos aconteceu na quinta-feira (29).
Entre as medidas para recuperação da saúde financeira, a redução da frota em 35%.
De acordo com Fábio Campos, vice-presidente institucional e corporativo da Azul, o juiz aprovou todos os pedidos que a companhia fez. Entre eles, a devolução de aeronaves mais antigas e a redução de frota futura. Segundo o grupo, o objetivo é otimizar as operações com menor custo, modelos novos e mais econômicos.
Segundo o tribunal dos Estados Unidos, o mecanismo de proteção, sob a lei de falências, permite que a empresa devedora mantenha os seus ativos, podendo continuar com a operação, negociar adiamento das dívidas e, com aprovação judicial, até conseguir um novo empréstimo.
A segunda audiência está marcada para o dia 9 de julho. A Azul garantiu que vai honrar todas as passagens compradas e que nenhum cliente será afetado. Informou ainda que as malhas aéreas não terão impactos significativos.
A audiência de confirmação de plano está prevista para o fim do ano, de acordo com a companhia.
O pedido de recuperação judicial pretende eliminar aproximadamente US$ 2 bilhões em dívida total financiada, reduzir obrigações de arrendamento e otimizar a frota. Segundo a empresa, a situação financeira foi sobrecarregada pela pandemia da Covid-19, por turbulências macroeconômicas e por problemas na cadeia de suprimentos da aviação.