Azul entra com pedido de recuperação judicial nos Estados Unidos e inicia reestruturação financeira

Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil

A companhia Aérea Azul anunciou, nesta quarta-feira (28), que acionou o pedido de recuperação judicial nos Estados Unidos, conhecido como Chapter 11, da Lei de Falências norte-americana. 

A medida tem como objetivo eliminar aproximadamente US$ 2 bilhões em dívida total financiada, reduzir obrigações de arrendamento e otimizar a frota. Segundo a empresa, a situação financeira foi sobrecarregada pela pandemia da Covid-19, por turbulências macroeconômicas e por problemas na cadeia de suprimentos da aviação. 

A companhia reforçou que, neste período, continuará operando normalmente: “mantendo nossos compromissos durante todo o período de reestruturação”, informou no comunicado. 

O processo de reorganização financeira será supervisionado por um tribunal dos Estados Unidos que permite às empresas reestruturarem seu balanço patrimonial enquanto continuam operando normalmente.

John Rodgerson, CEO da Azul, afirmou que os acordos são importantes para o processo de reestruturação. 

Com uma abordagem colaborativa e o apoio dos nossos parceiros, tomamos a decisão estratégica de iniciar uma reestruturação financeira voluntária com um movimento proativo para otimizar a nossa estrutura de capital – que foi sobrecarregada pela pandemia da Covid-19, turbulências macroeconômicas e por problemas na cadeia de suprimentos da Aviação. Nossa estratégia não se resume apenas à reorganização financeira. Ao utilizar esse processo, nós acreditamos que criaremos uma companhia aérea robusta, resiliente e líder – uma com a qual os Clientes continuarão adorando voar, na qual os Tripulantes continuarão amando trabalhar e que gerará valor para seus parceiros” disse o CEO.

De acordo com a companhia, os principais parceiros financeiros estão apoiando a medida e se comprometeram a participar do financiamento na modalidade DIP, conhecido no Brasil como Financiamento de Devedor em Posse, de aproximadamente US$ 1,6 bilhão. A previsão é que o financiamento gere aproximadamente US$ 670 milhões de capital novo para reforçar a liquidez durante e após o processo. 

Segundo a Azul, os acordos preveem que o financiamento DIP seja pago com os recursos provenientes de uma Oferta de Direitos de Ações de até US$ 650 milhões, apoiada por alguns desses parceiros financeiros e também suportada por um investimento em equity (patrimônio líquido) adicional, previsto de até US$ 300 milhões, pela United Airlines e pela American Airlines. 

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