Campinas ganha destaque nacional com movimentação de cargas em porto seco

foto: divulgação

Campinas tem uma posição estratégica no comércio exterior brasileiro com a atuação de um dos portos secos mais relevantes do país. A estrutura, localizada no interior do estado de São Paulo, movimentou em 2024 o equivalente a 2,9 bilhões de dólares em cargas — valor que colocaria a unidade, se fosse um terminal aéreo, como o quinto maior aeroporto do Brasil em valor de cargas, atrás apenas de Viracopos, Guarulhos, Galeão e Manaus.

A cidade, que já se destaca pela movimentação de cargas de alto valor agregado no Aeroporto Internacional de Viracopos, também se consolida como polo logístico graças à estrutura do porto seco, oficialmente chamado de Estação Aduaneira do Interior, sob controle da Receita Federal e operado por uma empresa privada.

O gerente de Relações Institucionais e Governança, Clayton Rodrigues, explica a importância dessa operação para Campinas e para o Brasil:

A estrutura do porto seco em Campinas abriga uma operação intermodal, que atende tanto importadores quanto exportadores. Mercadorias chegam ao local em contêineres, passam por processos de desembaraço aduaneiro e, se necessário, seguem armazenadas ou são imediatamente liberadas para distribuição. Isso agiliza as transações e reduz a burocracia de grandes centros logísticos.

Outro ponto de destaque é a relação com o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), que fiscaliza de forma rigorosa todas as mercadorias embaladas em paletes de madeira — mesmo aquelas que não estão diretamente ligadas ao agronegócio. Os produtos são classificados em três categorias: verde, amarela e vermelha, com níveis de fiscalização que vão da simples liberação à análise laboratorial.

Clayton também comentou sobre a responsabilidade de operar uma estrutura que se destaca em nível nacional:

O porto seco de Campinas presta serviços essenciais, como etiquetagem, marcação, reembalagem e separação de cargas, que garantem que as exigências internacionais sejam cumpridas antes do envio para o exterior. O local também funciona como entreposto aduaneiro, permitindo a armazenagem temporária das mercadorias.

De acordo com o gerente, os dados são do sistema Comex Stat, do governo federal, e reforçam a relevância do complexo logístico de Campinas como suporte não só à economia regional, mas ao fluxo internacional de mercadorias.

Além de ser um polo industrial e tecnológico, a cidade se fortalece cada vez mais como um dos principais nós logísticos do Brasil — tanto por terra, quanto por ar.

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